Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Olá, Amigos! Em função de ter pouco tempo para preparar textos e escolher fotos, estou com o blog um pouco atrasado. Mas posso dizer que estamos amando e aproveitando muito o carinho e amizade de todos os parentes e amigos que vivem aqui. Quando eu puder, posto as novidades, que são muitas. Abraços para todos e até breve!!!

sábado, 16 de julho de 2011

De 13/07/2011 – Lisboa
Tiramos o dia para descansar! Ficamos todos no barco lendo, dormindo e tocando violão. Achei que o Jonas e a Carol iriam reclamar e disse para eles irem conhecer o Museu da Eletricidade. Também não quiseram ir, preferiram ficar relaxando. Acho que todos temos que nos recuperar um pouco das travessias: nós de veleiro e a Lu de avião.
No começo da noite fiz um bacalhau ao Zé do Pito para todos. Ficou excelente!
De 12/07/2011 – Lisboa
Acordamos muito tarde e fomos direto almoçar no Brilha Tejo: bacalhau à minhota e sardinhas assadas! Pegamos táxi para Jerônimos e fomos ao Museu de Arqueologia, onde vimos três exposições. A primeira com artefatos romanos encontrados em alguns lugares de Portugal. A seguinte com coisas egípcias, inclusive múmias! Foram as primeiras que os “adolas” viram “ao vivo e em cores” (a primeira múmia a gente nunca esquece!!! - rsrsrs!). A terceira exposição era de ourivesaria, mostrando o início da arte de trabalhar objetos ornamentais de ouro, da qual os portugueses foram mestres. Foram exposições muito interessantes e aprendemos muito!
Na saída, fomos à fábrica de Pastéis de Belém e os experimentamos com guaraná (que combinação boa!). Voltamos andando para a marina, tomamos nossos banhos e trabalhamos na internet.


Acima e várias abaixo: artefatos romanos descobertos em Portugal.





Acima e abaixo: exposição egípcia.



Acima e abaixo: fábrica dos Pastéis de Belém.



De 11/07/2011 – Lisboa
Acordamos muito cedo, pois vamos pegar a Lu que está chegando de avião no aeroporto de Lisboa. Andamos até uma pracinha e pegamos um táxi. O aeroporto é perto e os táxis não são caros aqui. Esperamos um pouco e ela chegou, mas cansada da viagem, pois não dormiu no avião. Descansamos umas horinhas no barco e depois fomos andando até os Jerônimos, o que dá uns três quilômetros de caminhada. Paramos antes na fábrica dos pastéis de Belém e comemos bolinhos de bacalhau (que aqui chamam pastéis de bacalhau) e pastéis de Belém. Como são bons!
Fomos, em seguida, passear no Jerônimos. Admirando a igreja por fora, já passando um pouco das 19:00 hs, a Carol viu a porta da igreja aberta. Foi “fuçar” e viu que se iniciava uma missa! Entramos, vimos os túmulos de Vasco da Gama e Camões, que são lindíssimos, e resolvemos ficar na missa. A Lu comungou e, carola como é (rsrsrs!!!), se emocionou muito de estar ali!
Ao final da missa, fomos mostrar o Monumento aos Navegantes para a Lu e aproveitamos para passar no Luthier. Achamos os amigos Dorival e Catarina e ficamos batendo um bom papo, até que começou a escurecer. Voltamos andando pela beira do Tejo, vendo a ponte 25 de Abril acender suas luzes e os barzinhos da beira do Tejo iniciarem suas atividades noturnas.


Jerônimos.


Túmulo de Camões.




Túmulo de Vasco da Gama.




Detalhe do túmulo esculpido em mármore de Vasco da Gama.


Acima e várias abaixo: interior da igreja do Mosteiro Jerônimos.










Acima e abaixo: Jerônimos, todo esculpido em pedra!



Vista noturna da ponte 25 de Abril e do Cristo.

domingo, 10 de julho de 2011

De 10/07/2011 – Lisboa
Hoje o dia é de trabalho! Levantamos um pouco tarde, mas conseguimos lavar os banheiros de manhã. Não tomamos nosso café propositalmente, pois queremos experimentar o cozido à portuguesa hoje e o pessoal do restaurante avisou que ele acaba cedo. Ao meio-dia fomos para o restaurante Brilha Tejo e ainda havia muitas mesas. Pedimos um cozido para os três, pois é muito grande. Colocam em um tacho pedaços de carne de vaca, porco, linguiças, chouriços, morcelas, batatas, cenouras e couve, acrescentando vários temperos. Nossa, estava bom demais! E ainda sobrou no tacho, pois o prato é enorme! Dava para mais uma pessoa comer, pois ainda acompanha um arroz com morcela e feijões brancos cozidos. Tudo, com bebidas, incluindo um copo de um ótimo vinho da casa, custou 20 euros! Ainda demos uma andada nas imediações e paramos para comer pastéis de nata e tomar café numa pastelaria.
Voltamos ao barco e, depois de um almoço desses, não dava para continuar trabalhando logo. Descansamos, dormi um pouco e pegamos com tudo no trabalho novamente. Lavamos o barco inteiro por dentro e por fora, inclusive o bote, arrumamos tudo e lavamos algumas roupas.
Acabamos eram mais de sete horas. Ainda aproveitamos para dar um pulo num barzinho com boa internet para postar no blog. A internet da marina é muito ruim!


Olha que cozido!!!

De 09/07/2011 – Lisboa
Levantamos cedo, tomamos nosso café da manhã e fomos a pé para o Museu da Marinha. Andamos cerca de 3 quilômetros, mas passou rapidamente, pois conversávamos com o Antônio Aricó e o Fabrício, que iam conosco.
O Museu da Marinha está agora dentro do Mosteiro Jerônimos, um lugar fantástico, enorme e antigo mosteiro construído em pedra esculpida. É impressionantemente belo e, só ele, já vale a visita. Ao comprarmos os ingressos, demos sorte: iniciava-se uma visita guiada, feita por um senhor que é da sociedade Amigos da Marinha Portuguesa. Foi muito boa essa visita e aula de história e aprendemos muitas coisas sobre as grandes navegações, modo de viver dos marinheiros das épocas antigas e sobre a Marinha Portuguesa, que já foi a maior do mundo. Seu museu é lindíssimo, muito completo e lotado de maquetes muito detalhadas de barcos antigos e novos. Adoramos a visita e fotografamos muito!
A fome bateu e comemos wraps para ser mais rápido. Depois, foi a vez do famoso e verdadeiro pastel de Belém, já que estávamos ao lado da fábrica original deles. Deliciosos, estavam quentes e crocantes!!!
Fomos para a marina Docas de Belém para tentar encontrar o Dorival e a Catarina e acabamos cruzando com o Lúcio do Temujin e o Caio do Flyer, que está viajando com o Lúcio. Batemos um papo, falamos de nossas travessias e contamos novidades. O Dorival e Catarina não estavam no Luthier, então fomos ao Monumento ao Descobrimento para vê-lo de perto. É um monumento impressionante e as imagens dos antigos navegadores, atrás do Infante Dom Henrique, são muito bem representadas.
Voltamos a pé para a marina e fui comprar algumas coisas no mercado. Nosso jantar, feito no barco, foram alheiras e batatas assadas. Estavam ótimas e o Jonas disse que, se todo dia a comida fosse assim, ele não se importaria em comer no barco sempre! (É um senhor elogio!!!).



Travessura na Doca de Alcântara.



Acima e várias abaixo: Museu da Marinha.





Hidro-avião com o qual Sacadura Cabral e Gago Coutinho fizeram a primeira travessia do Atlântico.





Nossos guias na visita e o Fabrício do São Jorge.















Entrada do Museu da Marinha no Mosteiro de Gerônimos.



Olhem a expressão das figuras. Este navegador está carregando o padrão português.



Monumento aos Descobrimentos.

De 08/07/2011 – Cascais - Lisboa
Acordamos tarde, já eram 11 horas da manhã. A Carol foi a primeira a acordar (coisa rara!) e preparamos nosso café da manhã. Liguei via skype para marinas em Lisboa e, após conversarmos e sabermos que o trem que vai de Lisboa a Cascais leva apenas 20 minutos, permitindo que venhamos conhecer melhor esta linda cidade, resolvemos seguir para Lisboa.
Levantamos âncora, conversamos com o Dorival do Luthier, que nos deu algumas dicas do caminho e saímos de Cascais. O vento norte era ótimo para velejar e fomos com a mestra no segundo rizo, pois havia algumas rajadas fortes. Íamos mais próximos da margem esquerda do Tejo, apreciando a linda paisagem de fortes, castelos e lindos prédios. Eram apenas 13 milhas de travessia, mas foram maravilhosas! Na entrada do rio, uma fortaleza antiga mostrava que era muito importante defendê-lo antigamente. Entramos no rio e continuamos velejando muito bem com o vento norte. A posição dele, no sentido leste-oeste, era ótima para as Caravelas subirem e descerem o rio com o vento norte, predominante nesta época. Lisboa, a “velha cidade”, se mostrou muito “jovem”, com muitos prédios modernos e belos. Os castelos, igrejas e conventos se misturam aos prédios de arquitetura arrojada, criando paisagens belíssimas. Mas o melhor estava por vir. Quando chegamos perto da grande ponte, vimos o Castelo de Belém, todo esculpido em pedra, e o Monumento aos Navegantes, marcando o lugar de onde os portugueses saíram para se aventurar no “mar sem fim”. É fantástico estar aqui, lugar da história viva e terra de minha família! Passamos sob a ponte e, logo após, chegamos na marina Docas de Alcântara, onde deixaremos o Travessura por algum tempo.
Esperamos a ponte abrir e, enquanto isso, arrumávamos tudo para atracar. Não há funcionários no píer e desta vez não haverá os “santos” Dorival e Catarina para ajudar-nos. Havia muitas vagas livres e havia um vento fraco paralelo à posição que o barco ficaria. Colocamos as defensas de um lado e escolhi uma vaga ao lado de um veleiro, para poder usá-lo como apoio na chegada. Entramos de ré, o Jonas pulou para o píer para amarrar a popa e encostamos com as defensas no barco vizinho suavemente. Pegamos o cabo da poita, cheio de vida marinha e que me sujou inteiro, no píer e o levei até a proa, amarrando-a. A manobra seria perfeita se eu encostasse um pouco mais na entrada, mas mesmo assim foi ótima. A marina não é barata. Nos custará 490 euros por mês, mas é muito bem localizada e protegida. O Travessurinha ficará bem aqui!
Dei entrada na marina e soube que o veleiro São Jorge, do Fabrício de Ilhabela, filho do nosso amigo Antônio Aricó, que me escreveu ontem, está aqui. Fomos até lá e conhecemos seu lindo barco, uma casa ótima para sua família navegar. Ele estava preparando a piscina para seus filhos e sobrinha. Piscina num veleiro?!!! Isso mesmo! Colocou o bote em cima do píer e o encheu de água. As crianças adoraram!
A fome estava grande e saímos para procurar um restaurante. A sugestão do Miguel, que trabalha na recepção da marina, foi perfeita: o restaurante Brilha Tejo, que é perto da marina, é simples, com bom preço e ótima comida! As lulas grelhadas que eu e o Jonas comemos estavam deliciosas e a Carol pediu alheira com ovo frito e batatas fritas e também adorou seu prato. No domingo eles têm cozido à portuguesa e pretendemos ir experimentá-lo. Na volta, passamos num ótimo mercado, que também fica perto da marina, e nos abastecemos para o café de amanhã.
Um bom banho, trabalho na internet e um ótimo papo com o amigo Antônio Aricó completaram a noite!
Ah, olhem a mensagem que meu primo Alex mandou e não podia deixar de colocar aqui.
“Oi pessoal, estamos felizes que tenham chegado bem ao nosso Portugal. Pena que por tão pouco tempo nos desencontramos. Tivemos ótimas férias por ai. Observei muitas dicas de vossos amigos de ondem poderiam comer. Vos digo que não faltam opções. Mas há um lugar que provavelmente vai deixar saudades...... a Carvalheira, de onde foram plantadas nossas raízes e de onde grande parte das histórias contadas por nossos pais e avós durante nossas vidas tiveram parte. Todos estão muito ansiosos por vossa chegada. A Cidália tem sonhado em fazer a Broa de milho branco que será acompanhada com bacalhau na brasa, batatas à murro e cebola, tudo feito no forno à lenha. Tudo isto regado pelo vinho tinto do Tio Albino e com final magistral da sopa de cavalo cansado. Espero que este momento deixe saudades em vcs e seja um bom motivo para já pensar em voltar. Tenham um ótimo tempo e que bons ventos vos acompanhem na terra de Cabral. Bjs e saudades. Alex, Susana, Clara e Artur.”
Imaginem o que nos espera!!! Cidália, primos, tios, estamos chegando!!! Acho que vou ter que trocar o nome do barco de “Travessura” para “Travessona” mesmo, como o amigo Casali recomendou!!!


Acima e várias abaixo: subindo o rio Tejo.






Olha a cara de alegria!!!





Torre de Belém!



Monumento aos Navegantes: séculos de história!


Ponte 25 de Abril.


Preparando tudo para atracar.