Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

De 18/01/2011 – St. Maarten
Acordamos cedo pois teremos um dia intenso! Após tomarmos o café da manhã com baguetes e croissants da Sucrière, nossa padaria preferida, enchemos o tanque de água do barco, que tinha acabado ontem, e muitas garrafas de água para beber. Para isso, usamos sempre um filtro grande de carvão ativado e também colocamos hidrosteril na água. Pegamos o nosso botinho com o Fred, o novo motorzinho de 3,3 HP, e fomos para Marigot, o lado francês da ilha. Eram duas milhas de travessia e eu tinha alguma dúvida se conseguiríamos. Mas o valente Fred nos levou bem até lá. Gastamos menos que um tanque de gasolina atravessando todo o lagoon e indo, literalmente, da Holanda para a França. Foi um passeio bonito. Passamos perto de muitos veleiros e, como íamos muito devagar, tivemos tempo de ver com detalhes cada um deles. Levamos 45 minutos para percorrer as duas milhas, com 4 pessoas no botinho, e foi divertido.
Chegando em Marigot, deixamos o botinho trancado e saímos para passear pelas lojas. Passamos por muitas e o que achamos um pouco vantajoso foi o preço de perfumes. O resto parecia ser mais caro que em Philipsburg. A Lu comprou CD's de Zuc, um ritmo caribenho cantado em francês e em um dialeto caribenho. É um ritmo bem gostoso!
Após passearmos pelas lojas por algumas horas, almoçamos crepes na padaria que fomos com o Ronny da outra vez. De barriga cheia, era hora de retornar. Foram mais 45 minutos para a volta e ainda passamos na Island Water World para algumas compras pequenas. Retornamos ao barco e fomos tomar sorvetes na Carrossel. No começo da noite recebemos a visita do Koy, que nos deu carona outro dia. Falamos que iremos mudar para a marina perto do barco dele e combinamos nos encontrar na sexta-feira. Ele nos deu algumas dicas de passeios e ficou de mostrar num mapa mais lugares para ir.
O Jonas e a Carol fizeram amizade com a Laura Dekker, que está fazendo uma viagem de volta ao mundo em solitário. Conheceram o barco dela, conversaram bastante e a trouxeram para conhecer o Travessura. Disseram que perguntaram para ela porque ela resolveu fazer a viagem sozinha. Ela respondeu: “- Porque achei que ia ser mais divertido!” (rsrsrs!!! - tomara que minha tripulação não pense assim!!!).
Eu a Lu fomos conhecer o Pinneaple Pete, barzinho de velejadores com ótima música e serviço excelente. Os preços são razoáveis e o ambiente é gostos, familiar e tranquilo (ao menos até as 22:00 hs, horário em que saímos). Ah, e a comida é muito boa!
De 17/01/2011 – St. Maarten
Dormimos até tarde hoje. É gostoso fazer isso de vez em quando, ainda mais depois de um dia agitado como ontem. Para variar, fomos tomar café na padaria francesa onde eu sempre compro pão. Foi ótimo! Muitos croissants, geléias, manteiga e baguetes fizeram a alegria de nossos paladares. Retornamos à marina, pegamos o bote e atravessamos o lagoon para levar nossa vela para costurar. Vai demorar 2 semanas e o orçamento que o sailmaker me deu é de US$ 180,00. Disse que deve levar 3 horas de trabalho, mas está atolado de velas para consertar (venta muito por aqui, aliás, o tempo todo!). Aproveitamos para passar na Island Water World, onde comprei algumas coisas, entre elas uma prática sacola para utilidades, fácil de instalar e que deve ajudar muito na arrumação do Travessura.
Procurei uma lâmpada de algumas luminárias do Travessura, mas não achei. Encomendei na Electec, pois é a que tem o melhor preço. Vai demorar umas duas semanas para chegar, mas vale a pena esperar. Demos um pulo na Budget Marine também e achei uns pratos novos legais para o Travessura, pois alguns dos nossos quebraram ou se perderam antes de começarmos a viagem. Vou comprá-los na próxima vez que formos na Budget, que será logo, pois mudaremos para uma marina ao lado dela na quarta-feira.
Voltamos ao barco no final da tarde e aproveitamos para trabalhar no barco. O Jonas subiu no mastro e instalou um novo defletor de radar (no Brasil pedem R$ 400,00 pelo mesmo defletor que eu paguei US$ 47,00 aqui) e uma lâmpada de led no tope do mastro, que irá ajudar a economizar energia no Travessura.
Fizemos nosso almo-janta no barco, um macarrão com molho de tomate, aliche e atum, que estava muito bom. A sobremesa foi trufas de chocolate e o delicioso chocolate Lindt, que aqui é barato.
Após o banho, acabamos indo dormir cedo para tentar aproveitar mais amanhã.
De 16/01/2011 – St. Maarten
Acordei às três da madrugada e comecei a pensar no motor de arranque. Sabendo que não ia dormir, resolvi fazer algo de útil: preparar as atualizações do blog. Depois de preparar vários textos e fotos de alguns dias, resolvi tentar o acesso à internet. Conectou facilmente e consegui puxar alguns e-mail's. Tentei subir as fotos para o blog, que sempre é demorado em conexões ruins e, para minha surpresa, tudo estava subindo muito rápido! Postei todos os dias que preparei, inclusive subindo muitas fotos, respondi todos meus e-mail's atrasados, por nunca conseguir uma conexão boa e até vi alguns filmes do YouTube que me enviaram. Foi super-produtivo, mas quando olhei no relógio, eram 6:30 hs da manhã. Dormi mais um pouco e fui comprar pães com a Lu às 9:30 hs. Após o café da manhã, não aguentei e dormi mais um pouco. Era meio-dia quando acordei novamente, justamente quando deu as 24 hs de secagem completa do tubolite do motor de arranque. Fui ao trabalho: montei novamente a parte elétrica desse motor, com medo de não dar contato no local que colei, justamente um parafuso do polo positivo. Após toda a montagem, pedi ao Jonas para tentar dar a partida. Nada!!! Puxa, que desânimo. Nem o painel acendia. Antes de desmontar tudo novamente, olhei melhor os cabos elétricos e vi um cabo solto ao lado dos outros. Era justamente a conexão do positivo, que não aparafusei! Só havia ligado um outro cabo ao positivo, mas não o principal. Fiz novamente a ligação, com muito cuidado, para não quebrar o conserto que eu havia feito (que parece ter ficado ótimo!). Uma vez ligado, pedi ao Jonas para dar a partida com o pensamento “positivo” (desculpem o trocadilho – rsrsr!!!) e o motor de arranque funcionou direitinho! O motor deu um pouco de trabalho para pegar, mas depois que pegou ficou redondinho! Ótimo!!! Um problema a menos. Animado pelo sucesso do conserto do motor de arranque, fomos tentar baixar a genoa que não seria fácil, pois estamos de popa para o vento e ele tem andado forte por aqui. Numa brecha de vento, conseguimos descer a genoa facilmente. Agora só falta mandar costurar a bicha e o protetor UV.
É importante ressaltar a importância dos painéis solares quando o motor está com problemas. Eles mantém as baterias com carga e podemos usar energia elétrica sem problemas, mesmo sem ter o motor para carregá-las.
Depois de ter “ganho o dia” neste domingo bonito, com várias coisas importantes finalmente resolvidas, resolvemos dar um pulo na praia. Saímos da marina e pegamos uma van que nos deixou numa rotatória logo após o aeroporto. Fomos para a praia perto dali e que fica numa das cabeceiras da pista do aeroporto. Havia muita gente no local, mas por uns 15 minutos não vimos sinal de movimentação de aviões. Mas aí, começou: muitos aviões pousaram e outros tantos levantaram vôo nesse final de tarde. Ficamos fotografando e vendo os pousos e decolagens, abismados com a proximidade dos aviões! Quando os grandes levantavam vôo, muita gente ia para a tela alambrado que delimitava a pista e se segurava a ela. A força das turbinas provocava um vento muito forte, que fazia a areia da praia voar e machucava a pele. Se havia algo na praia atrás das turbinas, com certeza saia voando e ia parar no mar. Era muito divertido e diferente para nós. Quanto à aterrissagem, quando os aviões eram pequenos, não havia tanta adrenalina, pois pousavam sempre mais à frente, pois não precisavam de muita pista. Já os grandes causavam grande adrenalina na praia, pois passavam a uns dez metros de altura da cabeça das pessoas que estavam na praia e tocavam a pista bem no começo, para aproveitá-la em toda a sua extensão. Pousavam tão perto que suas turbinas também causavam um vento muito forte na praia.
Ficamos a tarde toda curtindo os aviões, banhos de mar e a linda praia. O final de tarde foi muito bonito e rendeu lindas fotos do pôr-do-sol, principalmente com uma escuna que passou com as velas armadas.
Voltamos a marina, onde comemos pizzas e tomamos o tradicional sorvete no Carrossel. No final do dia tivemos uma sessão de violão e cantoria. O Jonas já está tocando umas seis músicas que gostamos e está aumentando seu repertório rapidamente.

































































































De 15/01/2011 – St. Maarten
Levantei cedo e tomamos o café da manhã. Fui para Philipsburg para pegar o motor de arranque do barco. A notícia foi ruim: não tem conserto! O eletricista me disse que a Electec, que fica perto do barco, talvez tivesse um novo para vender. Voltei rapidamente para o barco e fui com o Jonas na Electec. Os vendedores procuraram um pouco, fizeram um telefonema e logo vieram com um motor de arranque compatível com nosso motor. Ótimo!!! Na hora de saber o preço é que tomei um susto: US$ 700,00! Caramba! Bem, mas como não tem jeito, comprei a peça e levei para o barco. Comecei a montar usando uma chave “L” comprida e forte, para os parafusos de fixação do motor de arranque ao motor principal. Na hora de prender os fios elétricos, me distraí com a conversa do Jonas, Carol e Lu, que brincavam uns com os outros. Resultado: esqueci de mudar de chave e fiz força com a chave “L” grande, quebrando o corpo da peça nova, que havia acabado de comprar! Burro!!! Bem, seguindo a sugestão do Jonas, fiz uma massa com tubolite e colei o corpo novamente, mas agora só podemos acabar de montar e testar a peça amanhã.
Depois dessa, eu precisava passear um pouco para espantar o nervoso. Pegamos toalha, colocamos as roupas de banho de mar e fomos conhecer a parte da praia de Simpson Bay que fica ao lado do aeroporto. Caminhamos até a ponta da praia, admirando o belo dia, o mar muito azul e a praia gostosa. Ao nosso lado, os aviões não paravam de aterrissar e levantar voo. Ao lado de um barzinho, montado na carroceria de um caminhão, tomamos um gostoso banho de mar. A água está deliciosa, mas o pessoal daqui disse que está fria. Eles estão acostumados com a água muito quente do verão.
Na volta, paramos para comer um sanduíche e fomos tomar o sorvete de sempre na Carrossel. Um bom banho quente na marina e um papo gostoso no barco acabaram nosso dia.








































De 14/01/2011 – St. Maarten
Logo de manhã colocamos a bateria nova no banco de baterias e tentamos ligar o motor. Nada! O motor de arranque faz “tec-tec-tec” bem alto e não move nada o motor. O problema não eram as baterias. Conversando com o Henrique, que encontramos na Budget Marine quando fui pegar algumas informações, ele me sugeriu abrir o motor de arranque e tentar limpar as conexões. Voltei ao barco, desmontei o motor, tomando muito cuidado com a parte elétrica, e o abri para ver o que eu podia fazer. Tentei raspar algumas coisas que estavam oxidadas e “tomamos um baile” para remontá-lo, segurando e prendendo várias molinhas que insistiam em pular. Remontei tudo e não funcionou. Continuou do mesmo jeito. Como era final de tarde, resolvi levar logo o motor de arranque para consertar em Philipsburg, num eletricista que o Gui indicou. Deixei o motor lá e, aproveitando que estava ao lado do grande supermercado “Cost U Less”, fui conhecê-lo. É um grande mercado de atacado, com tudo que se possa imaginar. Comprei algumas coisinhas, entre elas um chá em pó sabor Raspberry que os adolas vão gostar e um camarão para o almoço. Voltei ao barco no meio da tarde e fizemos o nosso almoço: camarão frito no alho com um arroz especial, de muitos tipos de grãos, que a Lu fez. Estava muito gostoso.
Depois de descansar um pouco e brigar com a internet ruim da marina, fomos comer um sorvete, mas antes tomamos uma sopa gostosa num restaurante, tendo como diversão um grande aquário de lagostas, que estavam ali para serem escolhidas e comidas (ainda bem que ninguém resolveu pedir lagostas enquanto as estávamos admirando!). Fomos tomar nosso sorvetinho e retornamos ao barco para descansar.
De 13/01/2011 – St. Maarten
Acordamos cedo e fui com o Jonas falar com o Gui, brasileiro representante da Raymarine aqui em Sint Maarten, que mexe com parte elétrica e eletrônica. Pegamos muitas dicas com ele, que foi muito gentil, inclusive onde poderíamos arrumar o motor de arranque. Aproveitei e comprei uma antena que amplifica a recepção do sinal de wifii para conexão de internet. Também comprei uma bateria, para testarmos se o problema é o arranque ou baterias. Passamos com o bote na padaria para comprar baguete e croissants e tomamos nosso café no barco. Deixei a bateria nova carregando e fomos para Philipsburg com uma van, que é o mais barato meio de transporte por terra por aqui, para conhecer a capital de Sint Maarten. Fizemos várias compras de perfumes e outras coisinhas. Achei o preço do netbook melhor do que em Simpson Bay. Vimos muitos turistas nos navios, sendo muitos deles brasileiros. O Jonas viu o preço para velejar num classe 12 metros, pois há 4 por aqui, entre eles os dois Stars & Stripes, muitos famosos. Ficou entusiasmado, apesar do preço: US$ 79,00 por pessoa! Voltamos para Simpson Bay com a van e jantamos na padaria, com o tradicional sorvete no Carrossel para sobremesa. Ainda demos uma passada no mercado para comprar algumas coisas. A Laura, garota do barco vizinho que está fazendo uma circunavegação, apareceu mas não tivemos chance de conhecê-la. Um bom banho quente na marina completou nosso dia.
De 12/01/2011 – St. Maarten
Acordamos tranquilos, fomos até a padaria, compramos as coisas para nosso café da manhã e o tomamos sossegadamente no barco. Logo depois, arrumamos tudo para sair. Com tudo pronto, fui ligar o motor do barco e ele não quis pegar de jeito nenhum!!! Fazia um “tec-tec-tec” e praticamente não rodava o motor. Deve ser bateria ou motor de arranque. O vento estava muito forte e não dava para pensar em rebocar o barco até a nova marina. Sem grandes opções razoáveis, resolvemos ficar mais uns dias nesta marina. Apesar de cara, é muito boa. Avisamos na outra marina que tivemos problemas e mudamos nossa reserva para outra época. Saímos para ir até a imigração e fazer a entrada oficial da Lu no Travessura. Passamos por algumas lojinhas (que junto com as baguetes são as grandes tentações daqui!) e tomamos um lanche na nossa lanchonete preferida. Fomos passear na praia no final do dia e vimos muitas conchas na praia, muitas mesmo! No vai e vem da maré, apareceu um óculos escuro, presente de Netuno para mim!
De 11/01/2011 – St. Maarten
Fomos para o outro lado do lagoon para fazer compras. Passamos na Island Water World e Budget Marine, de onde nunca conseguimos sair sem gastar alguns dólares, mas sempre trazendo coisas bastante úteis e baratas (comparando com os preços do Brasil) para o barco. Passamos na FKG e pegamos o nosso baby-stay, que quebrou na viagem e que mandamos arrumar. Ficou ótimo e agora temos um baby-stay reserva. Também passamos na Lagoon Marina, pensando em mudar de marina amanhã, quando vence nossa semana já paga na Simpson Bay Marina. Ela é boa, simples, fica perto de todas as lojas náuticas e custa metade do preço (custa US$ 4,00 por pé por semana) !!! Voltamos ao barco e montamos as roldanas no baby-stay regulável. No início da noite saímos para passear. Quando passamos pela ponte, nos surpreendemos com vultos enormes dentro da água, nadando sob a luz da ponte. Eram robalos enormes, de 5 a 15 quilos! Havia uns 20 ou 30, nadando tranquilamente ao lado das pilastras da ponte. Se o Pimenta estivesse aqui ia ficar enlouquecido!!!
Passamos na frente de uma simpática, bonita e simples pizzaria ao lado do lagoon, que estava cheia de gente e o cheiro era bom. De frente para os imensos iates das marinas do lagoon, comemos ótimas pizzas, lembrando do Brasil!
De 10/01/2011 – St. Maarten
Acordamos cedo e tomamos nosso café. A Lu ficou surpresa com todas as coisas gostosas que comemos sempre por aqui. Se fartou de queijo, baguete e croissants! Depois de fazermos várias arrumações no barco, fomos mostrar à Lu os arredores. As muitas lojinhas de tudo fizeram sua alegria! Passamos numa loja de mergulho numa praia próxima e conhecemos os brasileiros Luciana e Jefferson, que trabalham por aqui com mergulho há muitos anos. Nosso almoço foram crepes numa lanchonete francesa perto da marina. Estavam ótimos, principalmente os de queijo suíço. O vento tem andado bem forte por aqui! Algumas roupas se perderam em ventanias. Para não termos problemas, temos que ter bons pregadores e bom humor. Veja os nossos, presente dos amigos Fernando e Mônica: pregadores com bom humor!!!
Temos várias coisas para fazer no mastro e o vento torna isso difícil. Vamos deixar para fazer quando o vento diminuir um pouco.

domingo, 16 de janeiro de 2011

De 09/01/2011 – St. Maarten
Dormimos até tarde, pois é domingo e todos estávamos cansados das arrumações. Ronny passou com o seu bote, grande e rápido, e nos convidou para conhecer o lado francês da Ilha. Fomos para Marigot e tomamos café da manhã numa padaria/lanchonete francesa, com croissants divinos e geléia de morango deliciosa! Vimos muitos barcos, conhecemos o lado de mar de Marigot e passeamos, mas as lojas estavam fechadas, pois era domingo. Todo o comércio, exceto padarias e restaurantes fecham por aqui no domingo. Retornamos ao bote e paramos numa marina para conhecer Gabriel e Henrique, brasileiros que haviam comprado o barco da Andy e do Galdo e que agora compraram outro veleiro. Começamos a conversar e o Gabriel disse que conhecia o Travessura de Ilhabela, pois o pai dele é dono do Vellela, veleiro que fica em Ilhabela. Falando do barco deles, disse que o barco se chamava Amigo. Dissemos que gostamos do nome e que conhecêramos um veleiro chamado Amigo de um casal de alemães e sua filhinha, na nossa viagem anterior. Ele disse que o veleiro era esse mesmo! Que coincidência!!! (Coincidência?!!!) O casal e a filha se estabeleceram por aqui e resolveram vender o veleiro, que eles compraram e estão reformando, de alto a baixo! Puxa, que mundo pequeno. Mas não parou por aí. Ele disse que um dos sócios do barco era o Kiko de Ilhabela e perguntou se o conhecíamos. Logo me veio a lembrança do rapaz entusiasmadíssimo, filho de nosso amigo Marquinhos da Escola de Vela de Ilhabela e do restaurante Estaleiro, que filmou nossa partida e nos disse que sonhava em fazer uma aventura como a nossa. Meio ano se passou e ele a irá fazer com o Gabriel e Henrique! Ainda tivemos notícia da Dani, irmã do Kiko e filha do Marquinhos, que está velejando num barco pelo Caribe e que esperamos encontrar logo. Mundinho muito pequeno mesmo!!! É bom ver essas pessoas, que conheci crianças, correndo atrás de seus sonhos e fazendo com que aconteçam.
Vimos ainda os barcos enterrados para enfrentar os furacões nessa mesma marina. Normalmente enterram a quilha e removem o mastro, para minimizar chances de quebra. Em 1995, o olho de um furacão passou por aqui e fez muitos estragos. De 3.500 barcos atracados ou ancorados dentro do lagoon, apenas cerca de 500 não tiveram estragos e muitos barcos se perderam e ainda estão encalhados nas margens do lagoon.
Continuamos a passear pelo lagoon com o Ronny e fomos numa pequena área de mangue, onde colocam muitos veleiros e os amarram na vegetação, quando há o perigo real da passagem de um furacão. Paramos, depois, num lindo condomínio de casas com píeres, onde tomamos um refrigerante e saímos do lagoon para ver o Falcon Maltês, veleiro maravilhoso, cujos altos mastros visualizávamos dentro do lagoon, por cima das casas e prédios. No caminho encontramos o Ondine, veleiro brasileiro que está por aqui e paramos para dar boas-vindas. Voltamos para a marina, despedimos do gentil amigo e almoçamos num restaurante chinês, de comida boa e preço camarada. Não pudemos deixar de tomar sorvetes no Carrossel, nosso programa normal de final de dia.


















































De 08/01/2011 – St. Maarten
O dia começou cedo, pois a ordem é “limpeza total”! Arrumamos tudo para a chegada da Lu, que chega hoje para nos visitar. Fomos buscá-la no aeroporto à noite e nos sentimos no Brasil, pois só se falava o português no aeroporto! Como é dia de vôo do Brasil, o aeroporto parecia o nosso Santos Dumont!!! Nele conhecemos o Koy, velejador brasileiro que mora aqui faz muito tempo, e que nos ofereceu carona quando soube que éramos velejadores. A Lu chegou finalmente, com uma hora de atraso. O Koy, catarinense simpático e muito legal, nos deixou na marina, não sem antes nos recomendar conhecer vários brasileiros que moram e trabalham em Sint Marteen e deixar seu telefone para o caso de precisarmos alguma coisa. Depois que ele nos deixou, fomos comer uma pizza num restaurante perto da marina, muito gostosa, matando saudades da Lu.