Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

domingo, 10 de julho de 2011

De 08/07/2011 – Cascais - Lisboa
Acordamos tarde, já eram 11 horas da manhã. A Carol foi a primeira a acordar (coisa rara!) e preparamos nosso café da manhã. Liguei via skype para marinas em Lisboa e, após conversarmos e sabermos que o trem que vai de Lisboa a Cascais leva apenas 20 minutos, permitindo que venhamos conhecer melhor esta linda cidade, resolvemos seguir para Lisboa.
Levantamos âncora, conversamos com o Dorival do Luthier, que nos deu algumas dicas do caminho e saímos de Cascais. O vento norte era ótimo para velejar e fomos com a mestra no segundo rizo, pois havia algumas rajadas fortes. Íamos mais próximos da margem esquerda do Tejo, apreciando a linda paisagem de fortes, castelos e lindos prédios. Eram apenas 13 milhas de travessia, mas foram maravilhosas! Na entrada do rio, uma fortaleza antiga mostrava que era muito importante defendê-lo antigamente. Entramos no rio e continuamos velejando muito bem com o vento norte. A posição dele, no sentido leste-oeste, era ótima para as Caravelas subirem e descerem o rio com o vento norte, predominante nesta época. Lisboa, a “velha cidade”, se mostrou muito “jovem”, com muitos prédios modernos e belos. Os castelos, igrejas e conventos se misturam aos prédios de arquitetura arrojada, criando paisagens belíssimas. Mas o melhor estava por vir. Quando chegamos perto da grande ponte, vimos o Castelo de Belém, todo esculpido em pedra, e o Monumento aos Navegantes, marcando o lugar de onde os portugueses saíram para se aventurar no “mar sem fim”. É fantástico estar aqui, lugar da história viva e terra de minha família! Passamos sob a ponte e, logo após, chegamos na marina Docas de Alcântara, onde deixaremos o Travessura por algum tempo.
Esperamos a ponte abrir e, enquanto isso, arrumávamos tudo para atracar. Não há funcionários no píer e desta vez não haverá os “santos” Dorival e Catarina para ajudar-nos. Havia muitas vagas livres e havia um vento fraco paralelo à posição que o barco ficaria. Colocamos as defensas de um lado e escolhi uma vaga ao lado de um veleiro, para poder usá-lo como apoio na chegada. Entramos de ré, o Jonas pulou para o píer para amarrar a popa e encostamos com as defensas no barco vizinho suavemente. Pegamos o cabo da poita, cheio de vida marinha e que me sujou inteiro, no píer e o levei até a proa, amarrando-a. A manobra seria perfeita se eu encostasse um pouco mais na entrada, mas mesmo assim foi ótima. A marina não é barata. Nos custará 490 euros por mês, mas é muito bem localizada e protegida. O Travessurinha ficará bem aqui!
Dei entrada na marina e soube que o veleiro São Jorge, do Fabrício de Ilhabela, filho do nosso amigo Antônio Aricó, que me escreveu ontem, está aqui. Fomos até lá e conhecemos seu lindo barco, uma casa ótima para sua família navegar. Ele estava preparando a piscina para seus filhos e sobrinha. Piscina num veleiro?!!! Isso mesmo! Colocou o bote em cima do píer e o encheu de água. As crianças adoraram!
A fome estava grande e saímos para procurar um restaurante. A sugestão do Miguel, que trabalha na recepção da marina, foi perfeita: o restaurante Brilha Tejo, que é perto da marina, é simples, com bom preço e ótima comida! As lulas grelhadas que eu e o Jonas comemos estavam deliciosas e a Carol pediu alheira com ovo frito e batatas fritas e também adorou seu prato. No domingo eles têm cozido à portuguesa e pretendemos ir experimentá-lo. Na volta, passamos num ótimo mercado, que também fica perto da marina, e nos abastecemos para o café de amanhã.
Um bom banho, trabalho na internet e um ótimo papo com o amigo Antônio Aricó completaram a noite!
Ah, olhem a mensagem que meu primo Alex mandou e não podia deixar de colocar aqui.
“Oi pessoal, estamos felizes que tenham chegado bem ao nosso Portugal. Pena que por tão pouco tempo nos desencontramos. Tivemos ótimas férias por ai. Observei muitas dicas de vossos amigos de ondem poderiam comer. Vos digo que não faltam opções. Mas há um lugar que provavelmente vai deixar saudades...... a Carvalheira, de onde foram plantadas nossas raízes e de onde grande parte das histórias contadas por nossos pais e avós durante nossas vidas tiveram parte. Todos estão muito ansiosos por vossa chegada. A Cidália tem sonhado em fazer a Broa de milho branco que será acompanhada com bacalhau na brasa, batatas à murro e cebola, tudo feito no forno à lenha. Tudo isto regado pelo vinho tinto do Tio Albino e com final magistral da sopa de cavalo cansado. Espero que este momento deixe saudades em vcs e seja um bom motivo para já pensar em voltar. Tenham um ótimo tempo e que bons ventos vos acompanhem na terra de Cabral. Bjs e saudades. Alex, Susana, Clara e Artur.”
Imaginem o que nos espera!!! Cidália, primos, tios, estamos chegando!!! Acho que vou ter que trocar o nome do barco de “Travessura” para “Travessona” mesmo, como o amigo Casali recomendou!!!


Acima e várias abaixo: subindo o rio Tejo.






Olha a cara de alegria!!!





Torre de Belém!



Monumento aos Navegantes: séculos de história!


Ponte 25 de Abril.


Preparando tudo para atracar.

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