De 24/11/2010 – Fortaleza
Acordamos cedo e comecei a arrumar pequenas coisas que quebraram na viagem. Em pouco tempo, eu e o Jonas arrumamos tudo, inclusive costurar um pequeno trecho de genoa que descosturou. Ao levantar a vela, a peça do enrolador que prende o trilho quebrou. Nessa hora apareceu o Sérgio Luz, que já havia nos contactado, pois lera nosso site. Aproveitei a carona dele e fui comprar uma braçadeira grande de aço inox, para resolver o problema. Funcionou bem a arrumação! À tarde fiz um atum frito em azeite e alho com macarrão. Ganhamos o peixe ontem de um barco vizinho e os “adolas” adoraram a receita nova. Bom, pois temos mais uma forma de fazer peixes em travessias! Dei entrada do barco na marina e o simpático e sempre sorridente Armando, gerente da marina, facilitou muito a nossa estada aqui. O Jonas arrumou mais alguns detalhes do seu veleiro rádio-controlado e o colocou em “ponto de bala”. Está velejando maravilhosamente.
O Marcelo Teophilo, que acompanha nossa viagem, apareceu no clube para nos conhecer pessoalmente. Falamos muito de nossas famílias e planos futuros. Posso dizer que quem gosta de fazer amigos, deve velejar, pois são muitos os que fazemos ao longo de nossas paradas. Só hoje, duas pessoas, o Sérgio e o Marcelo, que nunca vimos, apareceram nos oferecendo ajuda e marcando encontros e passeios para nos conhecer melhor. E é assim na maioria dos lugares por onde passamos. Sempre há boas pessoas, que gostam de ajudar quem precisa e se identificam com nosso estilo de vida. Esses são os amigos que quero sempre fazer e, também, ajudar!
Houve uma reunião dos velejadores que vão para o Caribe e todos estão pretendendo zarpar no sábado, dependendo da previsão de tempo. O resto do dia foi passado na piscina do clube e no salão de jogos, que são os lugares que mais aproveitamos desta bela marina-hotel.

De 23/11/2010 – Natal - Fortaleza
Passamos a noite freando o barco e de olho aberto para ver barcos de pesca, espinhéis e redes, pois nos aproximávamos da costa e a profundidade diminuia. Abaixo de 50 metros de profundidade, sempre há barquinhos de pesca. Aproximamos de Natal na madrugada e amanheceu quando chegávamos na cidade. Fomos aproximando devagar da marina do hotel Marina Park e vimos jangadas perto da entrada do porto. Lindas, várias e belas, com suas velas coloridas, já estavam navegando às seis da manhã! Entramos na proteção do molhe do Marina Park às sete da manhã, bem perto do molhe, evitando a parte perigosa perto da popa do navio naufragado e que não é muito visível, bem na entrada da marina. O sempre atencioso Dorival, do Luthier, já estava acordado e nos avisou pelo rádio do perigo da popa do navio submerso, mas como já conhecíamos a entrada, foi tudo em ordem. Os amigos dos outros barcos também já estavam acordados e nos ajudaram a amarrar o Travessura. Arrumamos tudo e fomos direto para a piscina para relaxar, muito contentes pela belíssima travessia, sem duvida a melhor desta nossa segunda viagem. À tarde, fui atrás de gás de cozinha e das bandeiras dos países que visitaremos. À noite, fomos levar os amigos Antonio e Rô na rodoviária, já com saudade deles. Pena que não podem ir para o Caribe conosco.

De 22/11/2010 – Natal - Fortaleza
Os turnos da noite transcorreram de forma normal. Durante a madrugada, com nossa mudança de rumo e a descida da lua, navegávamos da forma que mais gosto: diretamente para o reflexo da lua no mar! É lindíssimo! E a lua, num céu sem nuvens, nos acompanhou a noite toda! O nascer do sol foi muito bonito também. Para o almoço, fiz macarrão com alho e óleo e linguiças fritas. O ponto alto do dia foi quando apareceram golfinhos, logo depois do almoço. Muitos! Chegaram ao lado do barco e começaram as suas sempre felizes brincadeiras. Ficaram quase uma hora conosco e todos fomos para a proa do barco para vê-los de melhor e de cima. Fiz muitas fotos e o Jonas filmou mais de meia hora. Eles pulavam e surfavam nas ondas, além de brincarem na proa do Travessura. Havia várias fêmeas com filhotes, que eram curiosos e brincalhões. Voltamos para o cockpit depois de um bom tempo, mas os golfinhos continuaram nos seguindo mais um pouco. No final da tarde, percebi que tinha que frear inda mais o barco pois, só com a mestra no segundo rizo, andávamos a sete nós! Tiramos a mestra e abrimos só um pouco de genoa. Dessa forma, a velocidade caiu um pouco e pudemos controlar para chegar amanhã de dia. Outra noite deslumbrante nos esperava, com direito a ver a lua nascer diretamente do mar, num trecho de horizonte que não tinha nuvens baixas, coisa difícil por aqui.

De 21/11/2010 – Natal - Fortaleza
Acordei cedo. Peguei a previsão de tempo e é muito boa. Fiz um cozidão com carne de sol, batatas, cenouras e tomates na panela de pressão para a travessia. Antonio e Rô chegaram na hora, como sempre, e logo arrumamos tudo. Zarpamos às 9:30 hs e saímos em direção à barra. O mar estava calmo e o vento muito bom, com cerca de 15 nós de direção favorável. Tivemos vento de través pelas primeiras horas, “voando baixo”, com todo pano. O tempo estava muito bonito, num dia típico de Natal. Antes de anoitecer, rizamos a mestra no segundo rizo, mas a velocidade se manteve, com uma média de quase 8 nós! O pôr-do-sol foi muito bonito e a lua cheia surgiu plena, logo depois do pôr-do-sol. Teremos a companhia da lua nessa travessia, que é sempre muito bem-vinda. Algum tempo depois do anoitecer, vários golfinhos surgiram ao lado do barco. Víamos suas silhuetas aparecerem no meio das ondas, com a lua cheia refletindo na pele deles. Lindo! Os turnos foram montados para serem de 2 horas e todos participaram. Durante o dia comemos sanduíches que a Rô trouxe e o cozidão que fiz de manhã, que foi muito elogiado. Com mar calmo, todos comem bem!

De 20/11/2010 – Natal
Logo que acordamos, descemos para despedir dos amigos, que zarpavam para uma regata até Pirangi e só voltarão amanhã à tarde. Vamos sentir falta de Natal e das amizades do Iate Clube do Natal. Entre os novos amigos, descobrimos uma coincidência grande (existem coincidências?!!!). Na nossa outra viagem, encontramos em Porto Segura o Carlos de Ubatuba, que havia sido o responsável pela nossa mudança para o litoral. Conversando com o Hélio Milito, sócio do clube, identificamos o Carlos como amigo comum. E ele me surpreendeu contando que ele foi o responsável pela mudança do Carlos para o litoral, quando morava em São Paulo. Dessa forma, indiretamente, ele é um dos responsáveis pela nossa mudança para o litoral e consequentes viagens. O mundo é pequeno ou não?!!!
Voltamos ao barco, onde acabei de ler o ótimo “Dia do Chacal”, dado pelo Antonio Lopes e Márcia quando saímos em viagem. Aproveitamos e arrumamos tudo no Travessura para sair amanhã. Teremos a companhia do Antonio e da Rô nessa travessia. Acho que vai ser ótimo, pois eles são um casal muito tranquilo e com espírito aventureiro! Descemos e fiz a navegação para Fortaleza. Almoçamos no restaurante como despedida de Natal. Sentiremos saudades dos amigos e deste clima maravilhoso. A Danielle passou no clube e aproveitamos para nos despedir dela, que nos ajudou bastante. Fomos dormir cedo, pois amanhã é dia de travessia. Lá vamos nós para um porto aonde ainda não chegamos com o nosso barco.

De 19/11/2010 – Natal
Acordamos tarde e tomamos o café para descer. O Antonio e a Rô passaram aqui para se despedir. Convidamo-los para ir para Fortaleza conosco. Amanhã nos falaremos: se puderem, irão. O Antonio elogiou muito o cabelo da Carol, que a Lúcia do Avoante cortou ontem. Ficou muito bonito mesmo! E o Antonio é cabelereiro, portanto, pode falar com olhos de profissional. Aliás, ele diz que é cabelereiro, gaúcho de Pelotas e nasceu no dia 24, ou seja, ele é uma piada pronta!!!
Ainda faltava fundir a quilha do veleiro rádio-controlado. Acompanhei o Jonas na fundição e depois o deixei fazendo acabamento. Fui com a Carol para o shopping para comprar as coisas para a travessia e alguns remédios para a caixa de medicamentos. Na volta, chegamos na hora certinha de ver o Jonas inaugurando o “Tigre”. Velejou muito bem, mas era tarde e não havia mais luz para fotografá-lo. Carregamos tudo para o barco e voltamos ao clube para tomar nossos banhos. Essa mordomia de água e clube disponíveis está acabando e vamos sentir falta!

De 18/11/2010 – Natal
Acordei bem, mas tarde. O corpo ainda está pedindo descanso, mas já estou bem melhor. Descemos para o clube, onde o Jonas finalizou seu rádio-controlado. Como os adolescentes dizem, ficou “profissa”. Pensamos em ir para Fortaleza no sábado e estamos começando a arrumar as coisas para isso.

De 17/11/2010 – Natal
Fui no Alecrim, comprar cadeados, e coisas gostosas salgadas e doces. Parece que estou melhor, finalmente! Retornando ao clube, fomos de carona com a Danielle comprar uma vara de pesca para servir como mastro para o veleiro do Jonas. Na volta, conhecemos um clube de remo de Natal, muito bem organizado e, percebemos, mantido com muito amor pelos seus organizadores. No final do dia, houve uma palestra de um amigo de um sócio do clube, que foi para Bali e região surfar e velejar. Foi uma boa palestra e nos fez sonhar em velejar por essa região!

De 16/11/2010 – Natal
O programa do dia é ir para o centro de Natal, para trocar livros num sebo, pois já lemos muitos e precisamos renová-los. Quando estávamos para sair, recebemos um telefonema que queriam fazer uma entrevista conosco para a revista do Iate Clube do Natal. Esperamos o repórter, que foi muito simpático conosco e fez muitas perguntas. Após algumas fotos, acabamos o compromisso e ganhamos uma carona da amiga Danielle, que conhecemos no clube. Ela, além da carona, foi nossa “cicerone” no centro da cidade. Além de trocarmos os livros, tínhamos que comprar as coisas que faltavam para as velas do veleiro do Jonas. Achei que não íamos conseguir, mas com a ajuda da amiga e uma boa caminhada pelo centro, achamos tudo. Voltamos cansados ao clube, onde jantamos e fomos descansar.

De 15/11/2010 – Natal
Acordamos tarde e tomamos o café com o Antonio e a Rô. Descemos para o clube e aproveitamos para limpar o bote e o motor. O clube estava quase vazio! É engraçado: pleno feriadão e o clube praticamente fecha! Passamos o feriado com os amigos, conversando e descansando. Fiz um macarrão com molho de tomate fresco e azeitonas no barco para todos e ainda recebemos a companhia do Alexandre, que sempre convida o Jonas para velejar de snipe, para o almoço. Todos elogiaram o molho! Convencemos o Antonio e a Rô para ficarem mais uma noite conosco. Fico contente que eles curtam tanto essa vida de mar. Acho que ainda irão morar num veleiro!

De 14/11/2010 – Natal
Achei que já tinha melhorado e tive uma surpresa ruim ao acordar. O Antonio e a Rô vieram para o clube e os convidamos para ficar conosco no barco. Fui comprar mais remédios no shopping, principalmente um vermífugo, que o Nelson do Avoante recomendara. É minha última tentativa antes de correr para o médico. Tomei-o logo e também dei para os “adolas”, pois não tem restrição e é bom tomá-lo periodicamente. Fizemos um lanche no barco à noite e depois ficamos conversando e contando piadas no cockpit.

De 13/11/2010 – Natal
Parece que melhorei e comecei a preparar as coisas para viajar. Fui no Alecrim e mandei trocar novamente o espelho da moldura. Agora ficou legal e não o quebrei ao colocar!

De 12/11/2010 – Natal
Fomos para a praia de Ponta Negra com o Antonio. Pensamos em velejar numa jangada, mas o preço pedido foi muito alto. Ficamos na praia, na frente do Morro do Careca, conversando até perder a hora. Voltamos para a pousada, almoçamos e a Carol fez uma “oficina” de geléias e cocadas com a Rô. Tudo ficou muito gostoso. A garotada literalmente "ralou" para fazer a cocada!!! (rsrsrs!!!) Voltamos ao barco no final do dia. Quase perdemos o bote!!!

De 11/11/2010 – Natal
De manhã despachamos pelo correio todo o material referente ao quarto bimestre dos “adolas”! Final de trabalho para eles e agora é só esperar as correções e curtir as tão merecidas férias.
Fomos para a pousada do Antonio e da Rô, para aproveitar o contato com os amigos, pois nossa estada em Natal está acabando. Os atenciosos amigos, sabendo que eu ainda não estava bem, nos esperavam com muita água de coco! Chegamos no final da tarde e aproveitamos o final do dia na Praia de Ponta Negra, com a Rô e a Carla, irmão do Antonio. Ao retornar a pousada deles, finalmente, pudemos ver “Encontro Marcado”, que a Carol havia comprado faz tempo e nosso computador não conseguiu ler o DVD. Todos gostaram muito!
Depois fomos passear perto do Castelinho, o lugar do “agito” de Natal. Jantamos na casa dos amigos e ficamos batendo papo até tarde, tomando um bom vinho.

De 10/11/2010 – Natal
O ponto alto do dia foi a palestra rápida que fizemos para os velejadores e amigos do clube. Foi uma palestra simples e rápida (tínhamos apenas vinte minutos para fazê-la!), mas foi gostosa e as perguntas foram muitas. Depois participamos do sempre animado lanche de quarta-feira dos velejadores.

De 09/11/2010 – Natal
Hoje melhorei um pouco. Como tenho que descansar bastante, estou aproveitando para ler o ótimo livro “1822”. Já li vários livros nos últimos meses, mas esse é o melhor, sem dúvida! Fui com o Jonas no shopping na parte da tarde para imprimir algumas coisas de escola. A Carol ficou ajudando e aprendendo com a Lúcia a fazer um tipo de artesanato lindíssimo que ela faz. Esse é o tipo de coisa que a Carol adora!

De 08/11/2010 – Natal
Ainda não estou legal. Tive uma noite de rei: não saí do trono!!!
Despachei uma prova da Carol para o colégio, nos convidaram para fazer uma palestra na quarta-feira, lanche dos velejadores no final do dia.

De 07/11/2010 – Natal
A manhã foi de estudos no barco. Falta pouco para o Jonas e a Carol acabarem o ano letivo. A parte da tarde foi aproveitada para atualizar diários, curtir a piscina e o Jonas adiantou mais um pouco a construção de seu rádio-controlado. Já revestiu de fibra, resinou e colocou um adesivo de um tigre que ficou muito legal !!! O veleirinho está ficando bonito!!!
No final do dia, assistimos ao excelente filme “Perfume de Mulher” no barco.

De 06/11/2010 – Natal
Removi a alavanca do motor deixando-o sempre engatado, pois precisamos muito dele, mas fiquei exposto ao sol uma hora para consertá-lo. Com isso, piorei novamente. Subi sem forças de volta para o barco e tive que me deitar e descansar uma hora. A diarreia continua e estou me hidratando bastante, mas vi que preciso tomar algum remédio. Resolvemos ir ao shopping para comprar medicamentos e fazer compras. Na saída do clube, a boa surpresa: o material escolar que faltava finalmente chegou!!!

De 05/11/2010 – Natal
O dia foi de estudo puxado dos “adolas”. Saí para procurar algumas coisas, mas não demorei, pois ainda não estou bem. Recebemos de presente um "nariz" novo para nosso gerador eólico, pois quando compramos o barco ele já havia sido perdido. Agradecemos muito o Roni, da Energia Pura de Paraty, que percebendo por fotos nossa necessidade, ofertou e enviou o "nariz". Obrigado, Roni !!!

Na ida para o barco à noite, a alavanca de engate do motor de popa quebrou. Aqui o motor é muito importante, pois a correnteza é muito forte.

De 04/11/2010 – Natal
Acordei um pouco melhor. O colégio enviou parte do material que faltava pela internet e fomos até o shopping imprimir as provas. Quanto ao texto, o Jonas estudou no computador mesmo.
Tive um pouco mais de ânimo e consegui fazer algumas coisas na net.

De 03/11/2010 – Natal
Continuei mal. Só desci para almoçar. Enquanto isso, o Jonas e a Carol estão finalizando o estudo do material que eles receberam no começo do mês.

De 02/11/2010 – Natal
Acordei mal !!! Faz uns dois dias que estava sentindo a garganta estranha e hoje acordei acabado, com febre e diarreia. Desconfio de uma gripe ou uma virose. Só desci do barco para almoçar. Alguns barcos seguiram para Galinhos e não pudemos ir por dois motivos: eu não estar bem e não ter chegado ainda parte do material escolar que a escola à distância ainda não enviou.

De 01/11/2010 – Natal
O agito de hoje é um churrasco na casa do simpático casal Elder e Dulce, sócios do clube que convidaram todos os velejadores para passar umas horas divertidas em sua casa na Redinha.
Quem nos levou, junto com a tripulação do Flyer, foi o Lula, outro sócio do clube, sempre sorridente e que sempre procura ajudar os viajantes. Conversando com ele, soubemos de uma história assustadora de quando ele era jovem. Ele velejava com um amigo e uma amiga por uma lagoa ou represa perto de Natal com um HC16, quando viram que estavam chegando embaixo de fios de alta tensão. Não deu tempo de manobrar para voltar e eles receberam uma altíssima descarga elétrica por indução, mesmo sem encostar nos fios. O amigo caiu do barco na primeira descarga elétrica. Ele recebeu ainda mais duas e caiu desacordado. Quem o puxou de volta para o barco e salvou foi a amiga, que nada sofreu por não estar segurando nada em contato com a água. Infelizmente, souberam depois, o amigo dele faleceu imediatamente na primeira descarga elétrica. Ele perdeu a falange de um dos dedos e ficou com várias cicatrizes. Depois de um tempo e da pressão da família do rapaz que faleceu, os fios de alta tensão foram removidos do lugar.
Além do churrasco, várias comidas típicas nos esperavam na festa, além de muita música, dança, conversa e animação.
Papo vai e papo vem, fiquei sabendo de uma história do Zeca. Ele estava numa das viagens de abastecimento do Atol das Rocas com seu veleiro Delícia, que hoje é propriedade do amigo Hill, e ancorou e desceu no atol. Estava relaxado lá e o bote com motor tinha ido ao outro lado do atol para algumas pessoas mergulharem. Quando olhou para o Delícia, cadê ele? Já ia longe, levado pela correnteza e o vento. Havia um pequeno barco, parecendo um optimist, que ele e um tripulante pegaram e acharam que ia dar para chegar remando ao Delícia. Ele já não conseguia ver nem a cor do barco, de tão longe que estava (e o Delícia é vermelho!!!). Saíram e remaram por uma hora, se aproximando um pouco do barco, mas ainda longe. Olharam para trás e o atol estava muito longe, pequenininho! Não dava para voltar, pois tudo era contra. Continuaram remando para o Delícia, mas já estavam cansados. Para sorte deles, ouviram o barulho de um motor e olharam para trás: lá vinha a Zelhinha com o bote a motor para ajudá-los. Ela os recolheu e em pouco tempo estavam voltando com o Delícia para o atol, aliviados!
É muito legal escutar essas histórias de quem as viveu e aprendemos muito com elas. Preciso começar a colecioná-las para, quem sabe, escrever sobre elas futuramente.

Olá, Amigos!
Sempre que passamos em Salvador falamos muito da igreja de São Francisco, como uma obra de arte das mais belas que já vimos.
Acessando o endereço http://www.onzeonze.com.br/blog360/toursaofrancisco/index.html vocês podem ter uma idéia melhor do que é a igreja. É fantástica!!!
Abraços;
Sérgio

De 31/10/2010 – Natal
Dia de eleição novamente! Primeiro fui devolver o carro na agência, que fica na Ponta Negra e peguei uma carona para voltar ao clube. Parei ao lado do colégio e fui justificar o voto. Fiz feijão branco com linguiça para o almoço, aproveitamos a piscina do clube, lavei roupas no barco e fiquei de olho nas eleições pela internet.

De 30/10/2010 – Natal
Acordamos tarde e logo a Lu começou a arrumar suas coisas, pois hoje ela volta para São Paulo. Tomamos o café da manhã e saímos com o carro para levá-la ao aeroporto. Despedimos, já programando o novo encontro para janeiro no Caribe e fomos para o shopping. Como ainda estamos com o carro (que é mais barato do que o táxi para ir e voltar ao aeroporto), aproveitamos para fazer uma boa compra de coisas pesadas, não sem antes passear pela livraria Siciliano, onde os “adolas” compraram um livro que queriam.

De 29/10/2010 – Natal
Peguei outro carro, pois a Lu mudou sua passagem e ficará mais uns dias conosco. O Antonio e a Rô apareceram no clube e tomaram um café conosco. O Antonio tinha que trabalhar à tarde (alguém tem que trabalhar, não é?!!! - rsrsrs!), então convidamos a Rô, cuja companhia é sempre muito agradável, para passear conosco. Fomos para as praias do sul, que são perto de Natal.
primeira parada foi no maior cajueiro o mundo, onde passeamos, tiramos fotos e experimentamos a excelente cajuína, bebida não alcoólica, feita de caju. Ali há uma associação interessante: são diversos comerciantes que vivem do turismo do famoso cajueiro e que arregimentaram os eco-loucos, que passaram a “cuidar” do cajueiro junto com eles. O guia nos falou que eles pensam em desapropriar os imóveis em torno do cajueiro para ele poder crescer à vontade. Também disse que irão cortar dois grandes cajueiros normais que ficam no mesmo terreno, para ele aumentar sua área. Já foi proibida a poda do cajueiro, que está invadindo a avenida, para ele poder crescer mais. Só que não foi falado nada em tirar as lojinhas da “associação”, que estão no mesmo terreno do cajueiro, para ele poder crescer.
É sempre assim: em nome dos próprios interesses e usando como disfarce motivos “ecológicos”, muita gente está tentando passar por cima dos direitos alheios: o direito à propriedade dos moradores vizinhos, o direito dos passantes na avenida de tê-la liberada e os direitos dos dois cajueiros que lá estão há muito tempo e que morrerão para um outro poder crescer mais.
Isso temos visto em todos os lugares que ICM Bio e “eco-loucos” estão metendo a mão: estão criando “reservas de mercado” para toda a indústria turística que ocorre em sua volta usando como desculpa uma pretensa melhor “preservação” da natureza. O lado bom é que já estou conseguindo olhar para essas coisas sem tanta raiva, mas não sem perder a indignação. Com isso, o senso crítico fica ainda mais “afiado”!
Do cajueiro, fomos para a linda praia de Tabatinga, onde ficamos um bom tempo aproveitando o banho de mar calmo e quente atrás da linha de recifes. Vejam que lugar lindo nas fotos!
De lá, saímos e, andando apenas dois minutos de carro, fomos até a lagoa de Aripeba, onde já estivemos em 2006. Na lagoa tomamos um gostoso banho de água doce e refrescante, batendo papo na beirada da lagoa. Aproveitamos e pedimos uma carne de sol e iscas de peixe com macaxeira frita e salada. Tivemos que comer correndo pois, assim que o prato chegou, muitas moscas nos cercaram para “dividir” nosso prato. Usávamos uma mão para comer e a outra para espantar as moscas!!!
Na volta, paramos em um mirante de golfinhos, mas eles não apareceram.
Fomos para a casa da Rô, trocamos as roupas molhadas e levamos a Lu para conhecer a praia de Ponta Negra. Andamos pelo calçadão batendo papo e curtindo o vento gostoso do começo de noite.
Despedimos da Rô e fomos para o clube, onde acabamos jantando e ouvindo um grupo de seresteiros que se reúne todas as sextas lá. Foi um dia bem gostoso, alegre e bem aproveitado.

De 28/10/2010 – Natal
Aproveitando o dia bonito de sol (todos os dias aqui são “bonitos de sol” nesta época!!!), fomos passear na praia do Forte, levando o equipamento de mergulho. Não foi um grande mergulho, mas o banho estava ótimo! Só saímos da água porque o Jonas foi queimado por uma caravela, água viva muito perigosa, que queima feito fogo! Logo ele estava bem, pois os tentáculos pegaram numa área pequena.
Voltamos ao clube e jantamos um camarão com molho de mostarda no barco. Aqui é a terra do camarão: temos que aproveitar muito isso!!!

De 27/10/2010 – Natal
Após dias de muito passeio, eu e Lu fomos ao shopping sacar dinheiro e fazer mercado, enquanto o Jonas e a Carol colocavam o estudo em dia. No retorno, vimos o show do “Pôr-do-Sol no Potengi” com Lu. Ao final do show, fomos para o barco e fiz um prometido camarão com curry para nosso jantar.

De 26/10/2010 – Natal
Trocaram o carro para nós bem cedo e aproveitamos para sair logo. Fomos novamente para a praia dos Madeiros e lá estavam novamente os golfinhos. Passamos o dia todo lá! Alugamos uma prancha de surf e todos surfamos (ou tentamos!). A Lu já surfou bastante e logo estava de pé pegando as ondas. A Carol teve um pouco de dificuldade de pegar as ondas e ficar de pé na prancha, mesmo já tendo feito curso. No final do dia, ela não perdia uma onda e ficava de pé em todas. Eu não consegui ficar de pé nenhuma vez, mas dei um “show” (de como não se surfa). Já o Jonas, impressionou! Não havia feito curso nenhum e em pouco tempo estava pegando todas as ondas e ficando de pé em todas elas! No final da tarde, ele não saia do fundão, esperando ondas maiores! Gostou e disse que é quase tão bom quanto o windsurf.
Aproveitamos a maré baixa e fomos a pé até a ponta dos Madeiros, que dá nome à praia. Do outro lado da ponta, fica a praia dos Golfinhos, mas eles parecem gostar mais da dos Madeiros atualmente. A praia dos Golfinhos estava vazia e a paisagem naquela ponta que divide as duas praias é deslumbrante! É o retrato de Pipa! Praias belíssimas, natureza preservada, falésias maravilhosas (e sem nenhum eco-chato para encher o saco!!! - Iupiiiii!!!).
Voltamos, sem vontade de ir embora, no final da tarde, não sem antes presenciar outro show de caça dos golfinhos. A escolha de lugar para o nosso almo-janta foi a mesma de ontem: Mangai, eleito pela tripulação do Travessura o melhor restaurante da costa brasileira!