Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

De 28/12/2010 – Tobago
Acordei cedo e fiz uma troca de óleo e todos os filtros, para podermos ir em segurança par a St. Marteen. Após um papo com o John ontem, optamos por ficar no lado holandês da ilha, que tem uma praia abrigada e limpa.
Após a troca dos filtros, quando estávamos tomando café, a Virginie, francesa que está viajando em solitário, apareceu procurando o Guga Buy e o Zanellinha. Contamos que eles foram ontem para Trinidad e ela disse que deve ir para lá nos próximos dias. Ela tomou um café conosco e nos acompanhou até a praia em Pigeon Point, para tomarmos um banho de mar.
Depois que ela se foi, fomos comprar algumas iscas para pescar no caminho para St. Marteen, pois devemos ter 3 dias de travessia, e alguns potes com tampa que a Míriam recomendou, pois elas vedam muito bem. Como estávamos ao lado do Church's Chicken, almoçamos lá. Acho que vou sentir falta do franguinho empanado apimentado daqui! Retornamos ao barco e recebemos a visita do Frederic e Marleen, holandeses do veleiro Salon. São um casal muito simpático! Conversamos bastante, contamos piadas e tomamos um café com cachaça. Acho que o Frederic gostou dela!
O final da noite foi usado para aulas de inglês.
Vamos sentir falta de Tobago. É uma ilha aonde nos sentimos em casa, que tem bons ancoradouros, água muito limpa e não é cara para os padrões brasileiros. Há algumas coisas bem caras, como ovos, frutas, legumes e verduras, mas o restante, inclusive os restaurantes, não são caros para nosso padrão. Gastamos, normalmente, R$ 40,00 para os três para fazer uma boa refeição na rua em restaurantes simples, incluindo bebidas e sobremesa. Espero que o restante do Caribe seja assim!
Decidimos ir para St. Marteen, que fica a quase 450 milhas daqui, no dia 31 bem cedo. Vamos passar nosso ano novo navegando! Dessa forma, devemos chegar no dia 3 de manhã lá, podendo fazer a entrada no país num dia normal de semana e não pagar a sobretaxa de imigração e alfândega de feriados ou finais de semana, que são mais caras.


De 27/12/2010 – Tobago
Logo cedo dei um pulo no Flyer, pois precisavam de ajuda para arrumar o eixo do motor, que correu um pouco para fora do casco. O Zanellinha chegou junto comigo, entrou no paiol externo, de onde se acessa o eixo, e começou a mexer. O Fábio foi para a água e empurrou e martelou o eixo, com as orientações do Zanellinha. Em pouco tempo estava arrumado! O Zanellinha ainda fez uma ponta num novo parafuso para travar o eixo e o serviço ficou muito bom. Mesmo assim, como isso já aconteceu outras vezes, o Fábio resolveu ir para Trinidad para mudar o sistema de fixação do eixo, seguindo recomendação do Zanellinha. No começo da tarde, o Flyer e Guga Buy foram para Trinidad, onde ficarão algum tempo fazendo serviços.
Em terra, tudo está meio “parado”, pois ainda é feriado aqui. Como o Boxing Day caiu num domingo, ele foi transferido para segunda-feira. Os feriados que caem nos sábados, são transferidos para sexta-feira. Depois falam que brasileiros é que têm muitos feriados!!!
Liguei para a Lu e, infelizmente, ela não conseguiu um vôo bom para vir para Tobago ou Grenada. Portanto, vamos buscá-la em St. Marteen, conforme combinamos anteriormente. Navegaremos um pouco mais, mas velejar pelo Caribe é sempre prazeroso! À noite, coloquei no GPS todas as cartas náuticas das ilhas do Caribe pelas quais passaremos e fiz a navegação para St. Marteen, além da nossa já tradicional aula de inglês. É impressionante como o Jonas aprende inglês rápido!
De 26/12/2010 – Tobago
Dormimos até tarde para descansar do dia cheio de ontem. Descemos para terra e fui fazer minhas coisas de internet. Grelhamos o último atum pequeno no barco e, após o almoço, descansamos mais um pouco. No final da tarde, resolvi dar um mergulho. O Jonas e a Carol estavam com preguiça, mas me acompanharam, dizendo que ficariam no botinho. Ao chegar no ponto de mergulho, acabaram indo para a água também, pois estava maravilhosa. A Míriam, do Flyer, também estava mergulhando e ficamos junto a ela, pois os jet sky's passavam muito rápido perto de nós. Nessa hora é bom estar com o botinho!
À noite, fomos comer uma pizza com as tripulações do Flyer e Guga Buy. Quase todos os comércios estavam fechados, pois hoje é domingo e é feriado por aqui: Boxing Day! Acabamos comendo uma pizza gostosa num fast food. Após a pizza, fomos com o pessoal do Flyer e com o Beltrão, do Guga Buy, para um barzinho perto dos barcos. Ficamos batendo um gostoso papo, enquanto os pernilongos faziam a festa nas nossas pernas. Experimentei uma dose de rum daqui: ótimo!!!

domingo, 26 de dezembro de 2010

De 25/12/2010 – Tobago
Após arrumarmos o barco e lavarmos as louças do jantar, preparamos o barco para o almoço de Natal. Com tudo arrumado, relaxei um pouco na rede e tomamos banhos de mar. O Rafinha logo veio do Flyer para nadar conosco. O Jonas foi conhecer o catamarã do Frederic e Marly, simpáticos holandeses velejadores que conhecemos aqui. Ele mesmo projeto e construiu seu barco. O Jonas gostou muito da maioria das soluções que ele deu à sua casa flutuante.
O pessoal chegou para o almoço de Natal, foi novamente muito gostoso e divertido. O cardápio foi comandado pelo resto do tender de ontem e por um delicioso frango defumado que o pessoal do Guga Buy trouxe ontem e que ninguém teve apetite para experimentar, após tanta comilança da noite de natal. De sobremesa, o resto do manjar branco e um bolo caribenho, muito parecido com um bolo inglês, mas abarrotado de rum (achamos que o teor alcoólico do bolo era maior do que o da cachaça do aperitivo!), que todos gostaram. No final da tarde, todos foram para os barcos descansar, combinando ir numa pizzaria à noite. Arrumamos o barco, troquei alguns arquivos de mapas e guias com o Fábio, mas a chuva não deixou que saíssemos para a pizzaria. Ficamos lendo, fizemos um lanchinho no Travessura e fomos dormir cedo. Foi um ótimo dia de Natal!!! Acertamos em vir passá-lo com nossos amigos! A alegria do grupo reunido aplacou um pouco a saudade que sentimos das pessoas que amamos e que queríamos que estivessem conosco aqui, mas que estão muito longe de nós. Bom Natal para todos!!!












De 24/12/2010 – Tobago
O café da manhã foi diferente, feito com sanduíche de peixe defumado, refogado com cebolas e tomate. Os adolas adoraram! Descemos para usar internet, onde aproveitamos para enviar mensagens para amigos e falar com os parentes. Falei com o John e ele foi buscar diesel para nós. Pelo preço de dois TT dólares por litro, que dá cerca de R$ 0,60 por litro (que barato!!!), ele nos trouxe 120 litros de diesel na praia. Almoçamos com a tripulação do Guga Buy no Church's Chicken, voltei ao barco e passei a tarde preparando o atum grande para o jantar/ceia de Natal.
O jantar de Natal com as tripulações do Flyer (Fábio, Miriam, Caio e Rafinha) e Guga Buy (Zanella, Zanellinha, Luís e Beltrão) foi muito animada e gostosa, com bom papo e ótimas comidas que todos trouxeram. O atum fez muito sucesso, principalmente como sashimi, que foi a entrada. Atum grelhado e um tender da Míriam fecharam o cardápio da noite. Para sobremesa, um manjar branco com ameixas, que a Míriam fez e todos elogiaram. Esse foi o maior número de visitantes para comer que já tivemos no Travessura até agora! Éramos onze pessoas ao todo e ninguém ficou apertado. Abrimos nosso “toldão” da retranca pois ameaçava garoar. Tivemos uma noite muito gostosa e só Papai Noel não apareceu, pois deixamos para comprar nossos presentes de Natal em St. Marteen.


De 23/12/2010 – Tobago – De Charlotteville para Milford Bay
Saímos com o dia nascendo para Milford Bay, para podermos pescar. Um pouco após saírmos, vimos golfinhos! Ficaram pouco tempo conosco e continuamos a pescar. Ao passar por fora das ilhas Sisters, pegamos dois atuns pequenos, de quase um quilo, um logo após o outro! Resolvemos fazer meia volta e retornar por onde pegamos os peixes. O Jonas pediu para puxar o próximo peixe, se fosse pequeno. Disse que sim, mas logo outro peixe mordeu e era grande! Levou muita linha e briguei muito tempo com ele até podermos vê-lo. Era um atum grande, mas puxava como um peixe de 20 quilos ou mais! Foram quase 45 minutos para tirá-lo da água e quando ele cansou e veio à tona, pude ver o que aconteceu: o anzol de trás da isca estava em sua boca e o da frente espetara abaixo de sua guelra. Portanto, eu estava puxando um atum de cerca de 5 quilos pelo lado, com todo o arrasto da água contra mim! Foi uma briga homérica e o braço ficou doendo.
Pouco depois de pegarmos o atum grande, que será nosso jantar de Natal, vimos mais golfinhos, que passaram rapidamente. Chegamos em Milford Bay passava um pouco do meio-dia, na mesma hora em que o Flyer chegava. Ancoramos e almoçamos um dos atuns pequenos grelhado. Fomos para Scarborough dar entrada, passeamos um pouco por lá e comprei algumas coisas de mercado, principalmente o peixe defumado com que eles fazem o sanduíche de peixe. Retornamos ao barco e dormimos cedo, por termos madrugado para pescar.












De 22/12/2010 – Tobago - Charlotteville
Descemos cedo para dar entrada em Charlotteville. A cidade é bem pequena, mas muito simpática e agradável. Só a estrutura é que não funciona bem. A lan-house estava sem internet, o posto de gasolina não abriu, a loja de pesca também não e vários comércios estavam fechados. O pessoal da imigração e alfândega é muito gentil e em cinco minutos resolvemos nossa entrada neste porto. Passeamos pela pequena cidade, fizemos algumas fotos dela e fomos comer “fish and chips” num simpático e bem arrumado restaurante local. À tarde, fomos conhecer a bonita praia de Pirate's Bay, que tem um pequeno rio saindo no meio e uma água deliciosa. Ao chegar nela com o bote, não olhei para trás e um onda quase aprontou conosco: nos pegou por trás e nos levou surfando até batermos na areia! Ainda bem que não viramos.
Conversamos com o pessoal dos outros barcos e eles estão indo para Milford Bay para passar o Natal, pois já estão aqui faz algum tempo. Resolvemos ir também, pois conhecêramos tudo que havia para conhecer e para estar com amigos no Natal. Demos a saída de Charlotteville e dormimos cedo para poder acordar de madrugada amanhã.

















































De 21/12/2010 – Tobago – De Milford Bay para Charlotteville
Acordei às seis e saí bem cedo Scarborough para resolver o problema de imigração. Passei os dados para o oficial, que pediu um tempo para verificar a saída de nossos amigos do país. Aproveitei e fui até uma pequena lanchonete ao lado do porto e pedi um café e um sanduíche de peixe, que estava com vontade de experimentar. O sanduíche de peixe delicioso e o comi num banco do jardim do porto, de frente para o mar, jogando as migalhas para os pássaros. Voltei à imigração e recebi um OK do oficial (Ufaaa!!!). Está tudo certo para irmos para Charlotteville! Voltei para Milford Bay e nos despedimos do John e da Kate, que foram muito atenciosos conosco. Chegamos no barco e arrumamos tudo para a sair, mas o motor, depois de alguns dias sem funcionar, não quis pegar. Após alguma insistência, ele pegou e ficou bem. Devem ser as baterias, pois estou precisando trocá-las. Saímos pescando, costeando a ilha. Passamos por muitos pirajás com chuva e, uma hora que o temp estava aberto, golfinhos vieram nos acompanhar e ficaram uns vinte minutos conosco! Pouco depois de eles desaparecerem, pegamos um atum pequeno! Oba, peixe para o almoço! Comecei a limpar o atum, mas tive que parar rapidamente, pois um peixe muito grande pegou nosso anzol novamente. Ao começar a trabalhar o peixe, que levava muita linha, o peixe fugiu! Ao recolher a linha, percebi que a linha quebrara perto da isca! Que pena! Chegamos a Chalotte Ville no final da tarde, no exato momento que o Luthier estava indo embora! Que pena, só vimos nossos amigos Dorival e Catarina de relance e nos falamos no rádio. Em Charlotteville, na Pirate's Bay, estavam ancorados muitos veleiros e, entre eles, os veleiros os brasileiros Guga Buy, Flyer e Irum e o barco da francesa Virginie. Uma invasão de brasileiros em Tobago!!! (rsrsrs!) Soubemos que Temujin e o Bulimundo foram para Trinidad arrumar algumas coisas. Ancoramos e, enquanto tomávamos banho e apreciávamos a beleza do local, que nos lembrou o Saco do Sombrio em Ilhabela, os amigos do Flyer vieram até o Travessura. Batemos um ótimo papo com o pessoal contando nossas travessias, tomando cachaça brasileira e falando português. Depois que eles saíram, fizemos nosso peixe no almo-janta (delicioso!) e, à noite, descemos em terra para rever os amigos do Guga Buy, que estavam fazendo um churrasco gaúcho em Tobago, num pequeno restaurante na praia. Foi divertido e também estavam no local vários tobaguenses. É muito bom voltar a escutar o português e rever amigos!

















































De 20/12/2010 – Tobago
Fui até Scarborough de táxi no começo da tarde, enquanto o Jonas e a Carol ficavam no barco brincando de stand-up paddle. Consegui passar na alfândega à tempo, mas quando cheguei na imigração eles estavam em horário de almoço. Fui até uma lan-house, respondi e-mail's e vi através do Spot que o Flyer chegou. Está em Charlotteville, junto com o Luthier, e talvez mais algum barco brasileiro. Retornei à imigração para dar nossa saída, mas apareceu um problema: antes do Antonio e da Rô terem ido embora, eu deveria ter ido com eles na imigração e os removido da tripulação do barco. O oficial da imigração tentou achar a saída deles do país em Trinidad, mas não consegui, pois tudo é anotado em livros manualmente. Pediu que eu conseguisse o dia, horário e número do vôo com os nossos amigos para poder fazer a saída. Voltei a Milford Bay e liguei para a Rô, que contou que havia feito boa viagem e estava com todos os dados na mão, que nos passou. Fomos almoçar frango frito no Church's Chicken, que sempre gostamos, e fomos a pé até o posto de gasolina próximo para comprar de gasolina. Não queriam nos vender, pois não é permitido aqui colocar gasolina sem um recipiente apropriado para isso. Um funcionário atencioso veio resolver nosso problema: pegou um recipiente do posto próprio para isso e depois transferiu do recipiente deles para o nosso. O preço do combustível por aqui é muito barato: pagamos R$ 0,81 por litro de gasolina! Voltamos ao barco para tomar nosso banho de mar e fui dormir cedo, para ir cedinho amanhã na imigração novamente.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

De 19/12/2010 – Tobago
Domingo. Sempre brincamos com “que domingo é hoje?”. Passeio em Pigeon Point. Lugar bem turístico, mas bonito. Jonas e Carol não gostaram muito. Eu é que insisti para ficarmos mais. Jonas pensou em alugar uma prancha de wind para experimentar um modelo novo, mas foi inviável pelo preço da locação. Fomos ao mercado comprar algumas coisas que faltavam e entre elas café solúvel. O escolhido foi o nosso Nescafé, que há em todos os mercados por aqui. Tomamos um gostoso banho de mar em Milford Bay e fomos para o barco. Jonas foi fazer um pouco de stand up paddle e a Carol ler um pouco do “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, que está adorando, enquanto eu preparava a comida. O almoço foi macarrão com molho de tomate e mushroom (cogumelos), que compramos outro dia e queríamos experimentar. Ótimo! Relaxamos para ver outro magnífico pôr-do-sol (são todos belos por aqui!), agora com uma lua muito cheia nascendo por cima de Tobago. Após o pôr-do-sol, deitado no cockpit, já com tudo escuro mas com as luzes do hotel ao fundo, escutei alguns resmungos de alguém de algum dos barcos e levantei para ver se alguém precisava de ajuda. Vi uma cena no contraluz do hotel, no mínimo, inusitada: um bote com o motor ligado, dava várias voltas lentamente num raio de uns 15 metros e não havia ninguém a bordo! Chamei o Jonas e rapidamente pegamos nosso bote e fomos ver o que acontecera. Meu medo era alguém ter tido um problema (infarte ou coisa parecida) e caído do bote em movimento. Não era nada disso! O velejador do veleiro à frente do nosso logo disse que o bote era dele. Não explicou a situação, mas acho que desceu para o bote e ligou o motor (alguns motores de popa, como o nosso, ficam engatados sempre). Deve ter esquecido a carteira no barco (foi a primeira coisa que passou para o Jonas pegar quando foi descer para o bote) e voltou para pegá-la. O bote deve ter se soltado com algum nó mal dado ou ele já havia soltado o bote e esqueceu disso. Estava feita a “cagada”! Ficou no veleiro olhando o bote dar voltas e mais voltas a 20 metros do barco dele se sentindo um perfeito idiota, pensando o que fazer e já todo arrumado para ir para terra!!! É engraçado, mas estamos muito sujeitos a confusões como essa quando estamos num barco. Com a mudança de alguns paradigmas, temos que rever muitas ações e aprender a lidar com elas. Tenho certeza que o sujeito não vai mais deixar o motor ligado sem estar no bote e vai dar ótimos nós daqui para a frente!
O início da noite foi usado para o estudo do inglês. Após o estudo, vimos outro filme belíssimo: o “Cinema Paradiso”, que os amigos Antonio Lopes e Márcia nos deram no dia de nossa saída de Ilhabela. Queria muito que o Jonas e a Carol vissem esse filme e foi muito bom para mim revê-lo em sua versão estendida!
Amanhã penso em ir para Scarborough para darmos saída e, então, seguirmos na terça-feira de manhã para Charlotte Ville, para encontrar os amigos que já devem estar lá e preparar nossa travessia para Saint Martin.



















































De 18/12/2010 – Tobago
Outro dia de trabalho pela manhã. Logo cedo, antes do sol esquentar demais, o Jonas subiu no mastro para arrumar a cruzeta e travá-la, pois ela descera um pouco novamente (muito menos que antes) e conserta uma gafe nossa. Quando, em Recife, colocamos uma roldana na cruzeta para içar a bandeira de cortesia sempre que chegamos em outros países, colocamo-la a bombordo. Chegando por aqui vimos que todos os barcos a têm a boreste. O Jonas aproveitou que subira ao mastro e a mudou para a cruzeta de baixo, pois fica mais difícil de enrolar em outras coisas, e para o lado certo. Ainda fizemos outras pequenas coisas no barco, desci para acessar a internet e resolvemos comer no restaurante fast food onde almoçáramos com o Antonio e a Rô. La vimos algo que parecia batata, mas que disseram que era “cassava”. Bem, “cassava” é o nome da mandioca por aqui. Fomos tomar um café no aeroporto, pois gostamos muito do café com baunilha de outro dia. Voltamos à praia, mas uma chuva forte que vinha nos espantou para o barco. Vimos um belo pôr-do-sol, tomamos nosso banho no mar e fomos ao estudo de inglês, que está divertido. O final da noite, após muitos pedidos da Carol, foi assistindo a um filme no computador. Escolhemos o “Stardust”, muito bom, que o amigo Roberto, que revisou toda a parte elétrica de nosso barco, nos deu antes de nossa partida de Ilhabela.


De 17/12/2010 – Tobago
Hoje o dia começou com um bom café da manhã e pegar roupas para lavar em terra. Levamos uma sacola de roupas sujas para a Kate, que logo as colocou na máquina. Respondi alguns e-mail's e depois foi o trabalho duro: abastecer o barco com água. Quando fechei o pacote para velejadores com o John, no meu pobre inglês entendi que eles levariam a água no barco. Eu estava errado! Com pequenos galões, nós mesmos tivemos que encher, carregar e descarregar 150 litros de água no Travessura. Foram necessárias 4 viagens de bote para isso! Mas com três trabalhando juntos, o serviço foi rápido. Após esse trabalho, que levou a manhã inteira, fomos procurar um restaurante para comer o Roti, agora num horário razoável para almoço. Fomos ao Angler's Bar, indicado pela Kate. Entre os sabores frango, carne e bode, resolvemos ficar com todos. Cada um pediu um e esperamos nosso prato. O Roti é um refogado de uma carne (das descritas anteriormente) com batatas, abóbora, verduras e muito curry, colocadas no meio de uma massa de pizza grande mal assada e com as pontas dobradas, fazendo uma “trouxa”. Experimentamos os rotis dos outros, para ver o sabor de cada um. Comemos muito, pois é grande e não desgostamos, mas posso dizer que outro roti, só comeremos dentro de alguns meses! Andamos até Store Bay para tomar sorvetes, tirei uma soneca no barco no final da tarde e fizemos nosso estudo inglês.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

De 16/12/2010 – Tobago
Fizemos nosso café da manhã e acabou o pão Wrap que eu trouxe do Brasil. Vamos ter que comprar mais hoje. Estamos com muitas saudades do nosso pãozinho francês, pois não existem padarias e esse tipo de pão por aqui, mas demos sorte e encontramos o Wrap em Tobago. Jonas aproveitou que o tempo melhorou e o vento está bom e foi andar de windsurf. Arrumei algumas coisas no barco, descemos para terra e coloquei as novidades de alguns dias no blog. Nunca coloquei tantas fotos juntas! Foram 47 só do dia do nosso city tour em Tobago! Para o almoço, queríamos experimentar o Roti, prato tradicional. Mas não achamos Roti em lugar nenhum, pois acabara. Pudera, eram quatro horas da tarde! Procuramos um fast food e acabamos almoçando no Church's Chicken, que serve pedaços de galinha empanados e fritos, com um leve sabor apimentado, acompanhados de batatas fritas. Imagine um Mac Donald's servindo apenas frango e terão uma idéia do que é o Church's Chicken. Ainda bem que a qualidade é melhor (muito melhor!) e as coisas são saborosas. Passamos no mercado e compramos pão, algumas coisas para beliscar, principalmente coockies (são deliciosos por aqui), um molho pronto de cogumelos para macarronada que vamos experimentar e marshmallows, que todos gostamos. Após banho de praia, banho de mar no barco (sempre com shampoo) e mais alguns diários feitos, fizemos ao nosso estudo de inglês. Estamos tentando falar apenas inglês entre nós, para treinar bastante!








De 15/12/2010 – Tobago
Acordamos cedinho, antes das seis, com o Antonio e a Rô. Após um rápido café da manhã, fomos levá-los ao aeroporto. Após o check-in, para fazer hora, experimentamos um café com vanilla (baunilha) na lanchonete do aeroporto. Gostoso! Nosso casal de amigos terá uma longa viagem pela frente. Sempre falamos que, na nossa viagem de 2006, o trecho mais desconfortável foi a volta do Caribe de avião. Daquela vez voltamos via Venezuela. Antonio e Rô voarão de Tobago para Trinidad, daí para o Panamá e depois para São Paulo ou Rio. Só então é que pegarão o voo para Natal. Tenho que falar um pouco mais desses amigos. A Rô é a tranquilidade em pessoa, sempre alegre e de fácil convivência. Deixa tudo sempre arrumadinho no barco e adora conhecer lugares novos. É muito carinhosa e isso cativou muito a Carol que não desgrudava dela. O Antonio é muito extrovertido e adora conversar. Sempre que pode dá um jeito de conhecer alguém, dos outro barcos ou do pessoal local, e é sempre muito animado. Perspicaz, sempre enxerga novidades, coisas interessantes ou pequenas diferenças culturais antes de todos. E adora brincar com isso, imitando o que acha engraçado! Sua imitação do John, que apelidou de Mr. Bean, era de rolar de rir!!! (Pessoal de Natal, peçam para ele imitar o John na palestra que ele irá fazer para vocês). Seu caminhar cadenciado e gingado, imitando os negros de Tobago era uma grande diversão quando andávamos na rua. Sempre animados, nesses 17 dias de convivência nunca vimos nossos amigos de mau humor, nem uma vez! E como tripulantes são ótimos, sempre prestativos e dispostos a fazer as tarefas necessárias para manter o barco em bom andamento. Deixaram muitas saudades.
Após a partida dele, passamos para comprar água mineral, que tem um preço equivalente ao do Brasil aqui em Tobago Vou fazer um estoque de água, pois sei que é cara em outros lugares. O dia mudou de cara e ficou muito chuvoso. Retornamos ao barco ainda cedo e aproveitamos para fazer trabalhos no barco. Reabasteci garrafas de água pequenas com galões de água que trouxemos de Natal, varremos e limpar barco, reorganizamos as coisas nas cabines de cada um e tratei de colar um isolante térmico na parte superior da geladeira, pois ela está perdendo muita temperatura por ali. Fiz diários para o blog e iniciamos nosso estudo de inglês, com um material em DVD da Abril, que eu comprei no começo do ano em Ilhabela para esse fim. Está divertido e os “adolas” estão gostando!












De 14/12/2010 – Tobago
O Antonio acordou cedo e em seu mergulho viu um cardume de pequenas lulas embaixo do barco. Tomamos nosso café e logo saímos para passear. Fomos até uma pequena quitanda ao lado do aeroporto, pois queria conhecê-la. Comprei algumas batatas (mais ou menos R$ 3,00 o quilo) e a Rô comprou algumas bananas. Continuamos passeando e passamos na frente do Fort Milford, que dá nome ao lugar onde estamos. O forte é bonito e tem uma bela vista. Fomos até o fundo do aeroporto para tentar fotografar um avião descendo, pois ele passa raspando a praia, mas não tivemos sorte e nenhum avião aterrissou enquanto estávamos lá. Os “adolas” acharam uma faca em cima de um grande carretel de cabos elétricos jogado no local e começaram a abrir os frutos de um chapéu de sol que havia no local e a comer as castanhas. O Jeremias havia dito que podiam ser comidas, mas não achei que fossem tão boas! E há muitos desses frutos em Ilhabela. Vamos lançar moda quando voltarmos! Passamos em Stored Bay e repetimos o gostoso sorvete de outro dia. Para variar o sabor, experimentei um que é uma mistura de sorvete de morango e de coco. É gostoso e refrescante! Voltamos à praia que fica na direção de Pidgeon Bay e vimos muitos pelicanos. A fome bateu forte e resolvemos experimentar a comida local num fast food próximo a nós. Procuramos experimentar de tudo e gostamos da comida, boa para um fast food. Nadamos mais um pouco na praia no final do dia, curtindo aqueles últimos momentos com os amigos, que vão embora amanhã. A Carol “colou” no Antonio e na Rô e já foi matando a saudade antecipadamente. À noite, tomamos vinho com salgadinhos. Como estava chovendo, papeamos dentro da cabine, falando muito do que víramos todos estes dias. Acho que em pouco tempo haverá mais um casal morando a bordo. Tenho a impressão que o Antonio e a Rô gostaram muito do “doce” que provaram e posso dizer que esse estilo de vida tem tudo a ver com esse simpático, apaixonado e simples casal, que sabe curtir muito bem o dia-a-dia e enxerga as coisas novas sempre com curiosidade e alegria.