Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

domingo, 11 de julho de 2010

Dia 10/07/2010
Saímos para o Rio de Janeiro às 4:40 hs. O mar calmo e o tempo bom proporcionaram uma bela travessia. Coloquei elásticos na roda de leme, de ambos os lados, para facilitar o timonear, mantendo o leme no centro. Havia muitos barcos de pesca no caminho, em sua faina diária, e o litoral do Rio é sempre uma visão belíssima, com suas praias e ilhas. Chegamos às 14:50 hs, tendo cumprido as 63 milhas que nos separavam do Rio em praticamente 10 horas de navegação. Ótima travessia!
Fomos direto para o RioYacht Club, conhecido mesmo como “Sailing”, por sua vocação na vela. Esse pequeno e aconchegante clube é o que mais tem história na vela brasileira. Berço do clã Schmidt e Grael, é repleto de troféus e mimos de seus campeões, e não só dos Grael!. Cada foto autografada tem sua história, cada troféu ou barco guardado mostra porquê são campeões. Entre eles, lá está o veleiro Star, com que Torben e Marcelo Ferreira ganharam as olimpíadas de Atenas. Não preciso dizer que o Jonas “babou”! Aliás, não foi só com esse barco, mas com toda a flotilha de lindíssimos e campeoníssimos veleiros do clube.
Após um banho reconfortante, encontramos os amigos Morcegão e esposa, Oscar, Lulu, Armando, Luis e o impagável Ricardinho! Não esperávamos encontrá-los tão cedo e foi muito bom! Chegavam de uma regata com as medalhas de campeões. Fomos para o bar do clube e lá ficamos bebendo cervejas, petiscando, escutando histórias engraçadíssimas de suas “peripécias”. Entre elas, a hilária história do “Ricardinho e o badalo”, que conto como me passaram.
Ricadinho e tripulação chegaram todos contentes da regata Santos-Rio, quando pegaram segundo lugar com o Fandango. Encostaram no clube ao lado, o Iate Clube Brasileiro, e Ricardinho teve que pular o muro com o troféu, tomando muito cuidado para não quebrá-lo. Foram todos para o bar, como sempre, e Ricardinho depositou o troféu cuidadosamente no banco, todo feliz. No bar há um sino, que deve ser tocado toda vez que alguém quiser pagar uma rodada de cerveja para todos que estão no bar. Ricardinho foi todo contente tocá-lo e o fez com muita “vontade”. O resultado é que o badalo se soltou do sino, soltou da sua mão e foi bater justo onde?!!! Sim, no troféu transportado com tanto cuidado, partindo-o em dezenas de pedacinhos!!! Revoltado, Ricardinho pegou o badalo do sino e o arremessou pela janela. Resultado: foi direto para dentro da água! O badalo velho não foi mais encontrado e isso causou uma revolução no clube: afinal, como pedir cervejas para todos sem o sino, agora?! Todos cobravam o badalo do Ricardinho! Quem o salvou, pois o sino faz parte da história e cultura do clube, foi o Morcegão, que trabalha com isso e fez um badalo novo, badalo que hoje chamou a rodada de cerveja para comemorar o primeiro lugar do Picareta na raia e nossa chegada ao clube. E lá, exibido na prateleira, continua o troféu em pedaços.






Um comentário:

  1. Genial esta história do badalo do Ricardinho, muito interessante a tradição de tocar o sino ao pagar uma rodada de cerveja para todos, um momento feliz, merece ser anunciado ao som de um sino! E, enfim, o troféu em pedaços na prateleira, parace que ficou mais "troféu" ainda, tem em si a força do prêmio que represente, mais a magia da história impregnada de alegria... tanta alegria que até arrebento a corda... rs rs rs... Tenho lido vc, mas este tópico eu não havia lido...
    Beijos aos três e saudades, saudades e saudades...........
    PS: Sempre faço sangria com maçãs e lembro de como vc tem receitas boas para curtir o verão!

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