Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

domingo, 4 de dezembro de 2011

De 27/11/2011 – Travessia Cabo Verde - Natal
Estamos andando muito bem, mas a madrugada não trouxe melhoras. Após algumas pancadas de ondas, a manilha do running back stay que trocamos outro dia estourou novamente! Desistimos de manilhas e prendemos o moitão ao gato com o velho, bom e confiável cabo! Aconteceu o mesmo com a redução do baby stay há alguns meses e fizemos a mesma amarração. Está muito bem até hoje.
Durante o turno da Carol de manhã, ela apertou um botão errado do piloto automático e o barco fez um bordo. Saí, arrumamos tudo e botamos na direção do Brasil novamente. Acho que a Carol quer voltar para a África!!! (rsrsrs!!!)
Vimos uns 3 barcos hoje, pois devemos estar perto de uma rota de navegação. Mas uma coisa atípica foi um grande navio graneleiro que vimos às 11 da manhã e que passaria a duas milhas da proa do Travessura. Quando ele estava bem na nossa frente, a caminho da África, fez meia volta e foi embora no rumo contrário! Muito estranho!!! Talvez o capitão do navio tenha esquecido uma panela no fogo em casa (ou a roupa no varal!).
Era quase meio-dia quando o vento apertou mais e tivemos que reduzir ainda mais a genoa. Perdemos um pouco de orça, mas ficou muito mais confortável dentro do barco.
A tarde foi tranquila e de bom andamento. A navegação das 18:00 horas mostrou 141 milhas navegadas. Tentamos escutar o Dorival, mas a transmissão estava péssima. Não entendi nem uma palavra!
No começo da noite fiz uma regulagem para irmos mais orçados, pois estávamos caindo muito da rota. Ficou excelente! O Travessura continuou andando muito bem, mais firme e, com a ajuda do mar que diminuiu um pouco, também mais confortável. Além disso, fomos premiados com uma noite muito estrelada. A única coisa estranha é que estamos praticamente em cima da linha do Equador e está um pouco frio fora do barco!


Uma onda traiçoeira pegou nosso marinheiro desprevenido e lhe deu um belo banho!!!

Um comentário:

  1. Maravilha de relato! Os pirajás de fato são imprevisíveis. Na volta da minha primeira travessia de Noronha, um pirajá surpreendeu a tripulação do Filos e o ovém de bombordo não suportou. Quase perdemos o mastro. Improvisamos um reparo com cabo e alternamos para Recife, pois nossa proa era Maceió. Um pirajá muda o rumo das pessoas. rsrs

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