Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dia 20/07/2010 – Travessia Rio - Arraial do Cabo
Acordamos às três da manhã para a travessia. A noite estava gostosa e calma. Arrumamos tudo e saímos pouco depois das três e meia. Foi lindíssimo sair navegando da baia da Guanabara. Noite calma, céu estrelado e o contorno dos morros altos criava uma linda paisagem. Completava-a as luzes das cidades, dos fortes, do convento em Niterói, Pão de Açúcar e, ao longe, o Cristo Redentor, “braços abertos sobre a Guanabara”.
Fiz a navegação por fora das Ilhas Maricás e cometi um erro. A correnteza estava violenta, com cerca de 5 nós. Ao lado da ilha, nos arrastávamos a um nó de velocidade! Nos aproximamos de terra para fugir da correnteza e a velocidade melhorou, mas continuou muito baixa. O vento estava bem na cara, as ondas também e o rendimento do barco era péssimo. Pela segunda vez estávamos fazendo essa travessia com tudo contra e a previsão de tempo falhara. Em compensação, o dia era lindo! Fomos navegando vendo as belas praias que existem ao norte de Niterói, na região dos lagos. O Delirante, que saiu mais tarde, nos alcançou e passou, enquanto eu esquentava o almoço e almoçávamos. A Raquel entrou no rádio e falou, mexendo com o Jonas: "-Eh, mas vocês estão lerdos, hein?!", ao que o Jonas respondeu: "- Lerdos, mas com frango e batatas assadas!". Ela ficou sem resposta!
Percebi cedo que não chegaríamos de dia e não forcei o motor, pois o barco bateria muito e não adiantaria nada para chegarmos de dia. O ponto positivíssimo era que o piloto automático funcionava maravilhosamente. O último teste que o “Lázaro” precisava era esse e passava com louvor!
Anoiteceu e o Delirante entrou pelo boqueirão da ilha de Cabo Frio. Relatou ventos fortes lá dentro e teve dificuldades para ancorar. Tentou várias vezes e não conseguia. Estavam bem, mas sem conseguir descansar. Achei melhor ficar do lado de sotavento da ilha de Cabo Frio, nos protegendo atrás de seus morros. Chegamos a uma milha da ilha, desliguei o motor e mantivemos a mestra com o piloto automático, de tal forma que andávamos um pouquinho para trás, mas de frente para o vento. Com o barco assim, quase parado, ficou muito confortável para descansarmos. Um ficava no turno por duas horas enquanto os outros dois dormiam. Rajadas nos pegavam sempre, mas sem nos atrapalhar.












Um comentário:

  1. Fotos lindas....inspiradoras....beijos nos 3 viajantes aventureiros.

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