Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Olá, Amigos!
Estou colocando diariamente novidades no blog (www.tresnomundo.blogspot.com), para poder atualizá-lo logo, pois todos devem estar ansiosos pelas fotos de Noronha, não?
Além disso, estou colocando em anexo um artigo que saiu sobre o Travessura na revista Náutica (clique na foto para aumentar e ler o artigo) e o artigo original (incluído como texto abaixo) que enviei para a revista. Verão que são totalmente diferentes, após a adequação à coluna.
Coloco-os aqui para verem que onde está dito que "ganhamos uma Refeno", era na verdade que o Travessura ganhou uma Refeno quando era "jovem" e a velocidade média à vela não foi citada por mim no meu artigo.
Na realidade, temos feito uma média de 6,5 a 7 nós à vela no nordeste, com vento forte.
Abraços para todos e espero que gostem do texto.

Fast 410
Conforto e Segurança de um Lar


Meu nome é Travessura! Sou um Fast 410 com 24 anos de idade e meu criador, Ron Holand, ganhou uma mãozinha de Tuzé para criar meus espaços internos.
Vocês, humanos, brincam dizendo que somos nós, barcos, que escolhemos nossos donos. Devo confessar que é verdade! Eu escolhi essa família, Sérgio, Jonas e Carol, os Três no Mundo, porque nasci para viajar. Acolho a família, um pai com seus dois filhos adolescentes, confortavelmente em meu interior, com minhas duas cabines espaçosas e sala grande, onde há camas e beliches para até nove pessoas dormirem, em três camas de casal e três de solteiro.
Há dois anos eu os escolhi e os motivos foram vários. Primeiro, quando falaram que me procuravam para viajar muito e queriam conhecer o Caribe e Europa. Adorei isso! Depois, porque simpatizei com os garotos. O pai, Sérgio, queria um barco com três camarotes. O garoto, Jonas, disse: “- Pai, eu durmo na sala, mas não perca esse barco!”. Gostei disso! A garota, logo escolheu minha cabine de proa e já começou a pensar nos enfeites que colocaria para enfeitá-la. Percebi que, mais que um “brinquedo”, eu seria um lar!
O garoto adora dizer que gosta de mim porque sou um barco rápido, com muita área vélica. Ele ama regatas e eu já ganhei uma Refeno, apesar do meu interior cruzeirão. Fico feliz quando o pai, de boca cheia, fala que quanto mais me veleja, mais gosta de mim. Carol adora me mostrar para os outros e explicar todos os meu dotes. Vários amigos nos visitam sempre e é com conforto que os recebemos. Dizem que é ótimo eu ter dois banheiros e ficam surpresos com o fogão 4 bocas que tenho. A menina logo diz: “- É igual ao da casa da minha avó!”.
Mas fico magoado às vezes, pois humanos sempre querem tudo. Quando reclamam de não poderem entrar em lugares rasos, não veem que meu calado de 2,25 metros lhes dá segurança na velejada e pouca deriva no contravento. Esquecem que não tenho muitos paióis externos justamente para lhes dar muito conforto interno. Que acham que sou? Um 60 pés? Meus 41 pés são bem aproveitados e foram bem pensados para recebê-los!
Me vingo às vezes! Meu nome não é Travessura por acaso. Gosto de dar um banho neles, em algumas ocasiões, quando sobem ou descem do barco. Perco o dono, mas não perco a brincadeira! De que forma? Minha popa é de um típico IOR, ou seja, ela fica fora da água quando estou parado e vira linha d'água quando velejo. Quando há pequenas ondas e eles estão próximos, no bote, dou um “tapinha” com a popa nelas e me divirto quando me repreendem em tom alegre e molhados: “- Travessuuuuura!!!”. Uso esse mesmo recurso para avisar meu dono do mar engrossando quando ele dorme, mas ele reclama que eu o acordo na suíte de popa. Como disse, humanos são eternos insatisfeitos!
Para levá-los ao Caribe e Europa, meus 350 litros de água e meus 190 litros de diesel devem ser suficientes, pois eles não são muito “gastões”. Antes de sairmos de Ilhabela, no começo de julho deste ano, eles me deram dois painéis solares novinhos, um gurupés para lançar meu gennaker e mudaram o bujão de gás para a popa, para ter mais armários de cozinha. Gostei!
Espero levá-los em segurança e que cuidem bem de mim, para termos muitas histórias para contar para vocês, leitores, e aos futuros netos de meu dono. Lá vamos nós, fazer “Travessuras no Atlântico”!

Pontos fortes:
Muito confortável internamente
Seguro e macio na navegação
Boa área vélica

Pontos fracos:
Poucos paióis externos
Grande calado
Popa bate com ondulações


Um comentário:

  1. Olá queridos........adorei ler a matéria do Travessura explicando como escolheu os tripulantes hehehe... Texto escrito com muita criatividade....
    Obrigada pelo presente de niver.....adorei a foto. siontam-se abraçados e aperto na bochecha da Carol.....rs...bjs

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