Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

De 29/12/2011 – Travessia Natal - Salvador
Quando o dia 29 começava, já dobrávamos o Cabo Branco. Em 17 horas já deixávamos a pior parte da travessia para trás. Agora, é descer ladeira.
O vento foi folgando ao longo da noite e a velocidade aumentando. Já fazíamos quase 7 nós de média no começo da manhã, com o vento de través, o melhor para velejar.
Com a mudança de direção do vento e das ondas, o Rodrigo foi melhorando aos poucos.
Deixamos Recife para trás e começamos a nos dirigir para águas mais profundas.
Passamos por muitos barcos de pesca e um nos pediu pelo rádio para desviar de seu espinhel. Logo depois disso, no final da manhã, resolvemos tentar pescar. Soltei a linha da vara de pesca e, depois, fui soltar a linhada de mão. Quando acabei de soltar a linhada de mão, a fricção da vara de pesca cantou. Comecei a puxar, mas a linhada de mão iria atrapalhar a remoção do peixe da água. Pedi ao Jonas para recolher a linhada de mão e ele começou a recolhê-la. Quando estava na metade do serviço, gritou que sentiu uma puxada muito forte e que estava com peixe na linha! Nossa, dois ao mesmo tempo! Deixei a vara com a Carol e fui recolher a linhada, que é mais rápida de puxar. Quando o peixe estava chegando, a Carol falou que não estava sentindo mais peso na vara e que o peixe da vara devia ter fugido.
Puxei o peixe da linhada e coloquei no bote um belo atum de uns 3 quilos. Nesse momento, a fricção da vara de pesca começou a cantar como doida e a Carol gritou que pegou outro peixe! Peguei a vara e comecei a trabalhar o peixe, com o Jonas no comando do motor e a Carol e o Rodrigo manobrando as velas. Após algum tempo, chegou ao lado do barco outro atum, igualzinho ao primeiro! Peguei o bicheiro e o embarquei também. Nossa, que pescaria rápida! Em meia hora pegamos dois peixes suficientes para os três dias restantes de viagem!
Tratei os peixes e fiz um sashimi para todos. Fiz um arroz branco a pedido do Rodrigo, que combinou perfeitamente com o sashimi. Todos comemos muito e ninguém ficou mareado depois (que bom!).
Tomamos um banho de balde no cockpit, o que sempre melhora muito o astral da tripulação. A água está quente e muito limpa.
O vento foi folgando mais e, como nos afastamos da costa, a navegação ficou muito melhor, pois a profundidade subiu para 2 a 3 mil metros e não há pesqueiros onde estamos. Continuamos andando muito, com o vento entre través e alheta na casa dos 15 a 18 nós.


A pescaria foi rápida e muito boa!



Lindo pôr-do-sol (como sempre!).


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