Acordamos com ideia de ir mergulhar nas “The Dogs”, mas a previsão de tempo me fez mudar de ideia. Uma bela janela meteorológica se abriu, de domingo para segunda, para voltarmos para St. Maarten com vento bom e mar baixo. Dessa forma, como hoje é sábado, resolvemos correr na imigração em Spanish Town e dar saída, pois não sei se eles trabalham amanhã.
Arrumamos tudo e saímos velejando só com a genoa, com vento bom e favorável. Saímos de Gorda Sound pelo canal e contornamos a ilha de Virgin Gorda para ir em sua capital. Após uma hora e meia de gostosa velejada, entramos na baia que protege a cidade de Spanish Town, procurando um lugar para ancorar. Ancoramos entre outros barcos, mas precisamos soltar o ferro duas vezes para o barco ficar firme. Não me senti seguro de deixar o barco sozinho e deixei o Jonas no Travessura, enquanto eu ia com a Carol na imigração, que é bem em frente à ancoragem. Lá soube que não poderia dar saída hoje e teria que fazê-la amanhã de manhã (sim, eles trabalham no domingo!), pois tenho apenas 12 horas para sair das BVI's após dar a saída.
Quando eu voltava com a Carol para o Travessura, o dono de um barco nos chamou e perguntou se queríamos livros em português. Claro!!! Logo ele veio com uma caixa com mais de 20 livros, que fez os olhos da Carol brilharem. Seu nome é Otto, ele é alemão e fala português pois foi casado com uma brasileira. Obrigado, Otto!
Voltei com a Carol para o Travessura e, enquanto os adolas começavam a “devorar” os livros, resolvi mergulhar para ver como estava âncora. Vi que ela estava com a ponta apoiada numa pedra e uma grande marcar de areia indo até a pedra. Significa que ela não unhou no fundo, mas apenas se apoiou na pedra, que não é muito grande. O fundo é de areia muito dura, com uma camada muito leve de areia por cima e muitas pedras. O barco pode girar e, a qualquer momento, se soltar da pedra onde está preso, indo bater em outros barcos (há vários em poitas e ancorados por ali). Para evitar um acidente, resolvemos nos mudar para uma poita, que apesar de cara (de 25 a 30 dólares por dia), valeria a pena. Logo o Travessura estava seguro numa poita muito forte.
Resolvemos conhecer Spanish Town, pagar a poita e comprar algumas coisas. Fomos com dingue até a marina local, que é muito bonita. Começamos a procurar o lugar para pagar a poita, mas estava fechado. Nem a secretaria do clube estava aberta! E amanhã é domingo, nada abre por aqui. Conhecemos o clube, fizemos compras e voltamos logo para o barco, pois a fome estava grande e precisávamos fazer o jantar.
A noite foi passada vendo filmes, lendo livros e acessando a internet, que também é grátis e boa aqui.
Spanish Town
Acima e abaixo: marina de Spanish Town
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