De 25/03/2011 – Sint Maarten – St. Barth
Acordamos bem cedo, às seis da manhã e começamos a arrumar o que faltava para sair. Colocamos o botinho e o motor de popa para cima e às seis e meia já saíamos a caminho de St. Barth, apelido de St. Bartholomy, conhecida também com o a “Riviera Francesa no Caribe”. Muitos famosos têm casa aqui. O vento estava na cara, mas com uma intensidade boa, de 10 a 15 nós, e o mar baixo, proporcionando uma velejada gostosa. A meio caminho da ilha, que fica a apenas 17 milhas de St. Maarten, vimos duas baleias que provavelmente eram jubartes. São as primas das nossas jubartes de Abrolhos, mas que vivem no hemisfério norte e passam seus invernos no Caribe. Jonas e Carol estavam ansiosos para chegarem logo e não perderem o horário da largada da Regata Bucket que veremos, só com barcos acima de 30 metros. Isso mesmo: são 40 veleiros acima de 30 metros de comprimento correndo juntos! E todos muito bonitos e extremamente bem conservados. Entre eles estarão o Falcon Maltês e o Mirabela, muito grandes, mas com certeza não os mais bonitos. Chegamos cedo, perto de onze da manhã, e fizemos hora perto da raia, vendo os barcos enormes começaram a aparecer e abrir velas, aguardando a largada que seria ao meio dia. Mais de dois bilhões de dólares em 40 barcos na raia, estavam desfilando na proa do Travessura! É claro que as baterias da máquina fotográfica e filmadora acabaram, de tanto que as usamos, mas pudemos colocar para recarregar para poder usar novamente. A largada da regata é de um veleiro de cada vez com intervalos de um minuto, para não haver acidentes. Havia um lindo barco clássico, com velas imensas, que era o mais bonito veleiro navegando! Só havia visto veleiros assim em fotos. O navio-veleiro do clube Med estava ao lado da linha de largada, com todos os passageiros vendo a regata. É impressionante ver esses barcos imensos velejando juntos e, quando todos haviam largado, era maravilho vê-los se afastar no horizonte, que quase sumia atrás de tantas velas. O Guga Buy, que também veio ver a largada, apareceu, e o Flyer, que há tempos não víamos, nos chamou no rádio. Que bom que estão aqui e podemos matar saudades dos amigos! Após os veleiros da regata estarem longe, ancoramos ao lado do Luar, que está ao lado de uma ilha. Soltamos o ferro em 8 metros de profundidade, vendo todo o fundo! O Ronny nos falou que havia uma feijoada que o Enock fez ontem e que havia sobrado bastante. Oba!!! A feijoada do Enock é divina e fica mais gostosa no dia seguinte. Esquentamos a feijoada no Travessura e ficamos conversando com o amigo Ronny enquanto a saboreávamos, escutando e aprendendo os impressionantes números desta regata, que é a que reune mais barcos grandes no planeta. Após a feijoada, comemos doces no Luar, sob o qual vimos rêmoras, que o Ronny falara. Descemos finalmente para fazer a imigração, a achamos a cidade muito linda! Sua capital, Gustávia, fica numa pequena e muito abrigada enseada, que é toda rodeada de atracadouros. O que mais chama atenção são seus telhados vermelhos e a quantidade de barcos dentro da cidade, que fica em volta da enseada. Esta pequena ilha já foi da França, da Suécia e voltou para a França. Também já foi uma ilha de piratas, onde todos vinham gastar o dinheiro de seus saques. A imigração foi muito fácil, feita por nós mesmos em computadores disponíveis no porto. O custo da estadia do barco por dia é alto (7,2 Euros por dia para o Travessura), mas vale a pena, pois o lugar é muito bonito. Caminhamos por Gustávia depois de passar pela imigração e voltamos ao Travessura no final da tarde. Tomamos nosso banho e descansei um pouco, pois o dia não acabou. Descemos para terra para ver a festa da regata com a tripulação do Flyer, Míriam, Caio e Rafinha. Encostamos o bote e começamos a andar na orla, vendo os barcos todos preparados para receber visitas, pois estavam abertos para visitação aos participantes da regata. Jonas, Carol, Míriam e Rafinha, mesmo sem as pulseiras que os identificavam como “aptos” a visitar os barcos, entraram em dois veleiros e adoraram. Principalmente o Jonas, que entrou em uma réplica maravilhosa de um “J” e ficou “babando”!!! Encontramos o pessoal do Guga Buy e fomos para um barzinho cheio e com um pessoal divertido, onde as coisas não eram tão caras (tudo aqui é caro!!!). Ficamos papeando e tomando cervejas até todos estarem cansados. Duro foi achar o barco no mar de luzes que se apresentava à nossa frente, com mais de duzentos barcos ancorados! Achamos o Travessura por causa de sua luz forte de tope, posicionada muito abaixo da altura de todos os outros barcos ancorados perto dele. O Travessura é minúsculo aqui!!!
Saindo de St. Maarten
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