Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

De 01/02/2012 – Travessia Porto Seguro - Vitória
Eu avistei o rádio-farol de Abrolhos à uma e meia da manhã, faltando menos de 30 milhas para chegarmos até ele. Andávamos numa média de 6,5 nós e a velejada estava muito gostosa. No turno do Jonas, passamos ao lado de Abrolhos enquanto amanhecia. Ele bateu algumas fotos (vejam que bonitas!). É pena não parar aqui, mas quando ficamos tempo demais em um lugar, temos que pular outros.
Limpei o atum de ontem assim que acordei. O dia está muito bonito e o vento muito bom. Coloquei as linhas de pesca na água, tendo o cuidado de trocar os anzóis que entortaram para outros mais fortes. Algum tempo depois, um “bolo” de algas enroscou numa das linhas e nos enganou, achando que pegáramos um peixe. O vento continua de través e bom, fazendo com que tenhamos médias de 5,5 nós.
No começo da tarde, a vara de pesca começou a cantar feito doida! Quando a peguei, vi a outra linha esticar totalmente o elástico e depois folgar. Pedi para a Carol recolhê-la e vimos que a isca havia sido arrancada do esncastoado! Enquanto isso eu travalhava o peixe da vara de pesca. Ele deu alguns pulos e logo se mostrou: um lindíssimo e muito grande dourado! Trabalhamos o peixe por mais de uma hora, tendo feito mais de 6 ou 7 giros completos, pois ele estava brincando de “roda” com a gente! Com o Jonas ao leme, ele ia mantendo o peixe sempre numa posição boa para eu trabalhá-lo. Durante a briga, cruzamos com um rebocador puxando uma plataforma com enormes carretéis. Isso nos preocupou um pouco, mas o Jonas entrou no rádio e falou com o comandante do rebocador, que passou safo. Enquanto isso, a briga continuava e o peixe não cansava. Meu braço doía bastante, mas não queria deixar o peixe fugir. Quando ele parecia estar cansado, retomava o fôlego e dava nova arrancada! Após quase uma hora e meia, consegui trazer o peixe para o lado do barco, que parecia cansado. Peguei o bicheiro, espetei o dourado e o icei para o bote, que fica pendurado na popa, crente que a pesca havia acabado com nossa vitória! Santa ilusão! Como ele era muito grande e não cabia no fundo do bote, começou a se debater violentamente. Tentamos segurar, mas não havia condições de colocar a mão nele sem tomar uma forte rabada. Tanto pulou que conseguiu quebrar a isca que ainda estava em sua boa e saltar do bote para a água. Foi-se embora o maior peixe que pegamos até hoje! Resultado da pesca de grandes dourados: duas iscas quebradas, dois a zero para eles! E imaginem a nossa cara quando o peixe saltou para a água!!!
Recolocamos as linhas e, algum tempo depois, pegamos um olhete de 2,5 quilos. No final da tarde, um pouco antes de recolher as linhas, pegamos uma linda cavala de 5 a 6 quilos! Ainda bem que Netuno e Yemanjá nos compensaram pelo dourado!
A noite foi muito boa de velejada. Saímos da costa baiana, mas não esfriou ainda e passamos a noite de camisetas e short's ainda.

Acima e abaixo: amanhecendo ao lado de Abrolhos.


Acima e abaixo: rebocador com lançador de cabos que nos deixou preocupados.


Acima e abaixo: grande dourado que escapou.

Mas o olhete...

... e a cavala ficaram para "fazer as refeições" conosco!

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