Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dia 13/07/2010
Logo cedo recebemos a visita do Luiz Gurgel, que acompanhou nossa outra viagem pela internet. Não o conhecíamos pessoalmente, mas foi uma empatia imediata. Mostramos o Travessura, conversamos sobre família, sonhos e contamos muitos “causos” da viagem e outros.
Ele nos levou para rever o Parque da Cidade, que gostamos muito da outra vez que estivemos aqui, mas ele estava interditado. Fomos, então, para o MAC, Museu de Arte Contemporânea, que queríamos visitar. O prédio, projeto de Oscar Niemeyer, foi apelidado pelas “crianças” de Jupiter 2, em referência ao seriado de TV “Perdidos no Espaço”. A vista do local e o próprio prédio são pontos turísticos da cidade. Aliás, são melhores do que a maioria das exposições do museu! O site para mais informações sobre museu, uma obra-prima de Niemeyer, é www.macniteroi.com.br .
Voltamos andando pela praia de Icaraí e curtindo o lindo dia de sol.
Após o almoço, que ainda foi o resto do churrasco do Morcegão – que delícia, Morcegão! - Jonas foi velejar com o veleiro rádio-controlado, que ele mesmo construiu, na piscina do clube. Fiquei trabalhando na internet (é gente, este diário dá trabalho, mas vale a pena!) e no final do dia nos preparamos para mais um “evento social”: tomar sorvetes na praia de São Francisco. O Luiz Gurgel e sua linda família passaram para nos pegar e aproveitaram para nos mostrar os “point's” de São Francisco. Após duas horas de bom papo sobre filhos e viver a bordo e muita simpátia, regados com bons sorvetes, voltamos ao barco. Chegamos na hora e a chuva não nos pegou por segundos!






















































Dia 12/07/2010
Acordei cedo e, com instruções do amigo Oscar, fui à luta para tentar ressuscitar o “Osmar”. Após 4 horas de “monta e desmonta”, ele acordou!!! Só que acordou meio “bobo” e fora de rumo. Talvez agora só falte arrumar a bússola. Liguei para um técnico e agendei uma visita para quarta-feira.
Após mais alguns trabalhos, demos um pulo num mercado para comprar algumas coisinhas e voltamos ao barco para almoçar. Menu do dia: churrasco do Morcegão e risoto! Mais um trabalho especial nos esperava: instalar a balsa salva-vidas, emprestada pela escola de vela Veleiros Eventos, do amigo Hill. Colocamos a balsa no lugar e passamos as cintas de aço que comprei. Ficou ótimo e muito firme!!!
Abaixo vai uma foto do Rio Yatch Club, conhecido como Sailing, para que vejam o lugar "feio" onde estamos! Este lugar é demais!!!

Dia 11/07/2010
Acordamos cedo para adiantar nossas coisas, pois fomos convidados para um churrasco na casa do Morcegão. Um táxi veio nos apanhar e Jonas e Carol aproveitaram para fazer algo que tinham vontade: passar pela ponte Rio-Niterói. De quebra ainda passamos ao lado do templo do futebol brasileiro, o Maracanã, e outros pontos turísticos.
Chegamos na “Bat-caverna”, como apelidamos a casa do Morcegão, onde ele e Marisa, sua esposa, já estavam com tudo preparado para um excelente churrasco. Comemos os vários aperitivos, que o próprio Morcegão faz, deliciosos, conversando sobre vela e regatas. Logo, os outros amigos começaram a chegar. Foi uma reunião deliciosa, com muito calor humano, simpatia e bom humor. Esse casal fantástico nos acolheu como filhos.
Depois de muita comida e cerveja, vimos a Espanha levar uma copa onde a mais judiada foi a bola! Além do “Bat-casal” e filhos, Armando, Pedro, Oscar, Lulu, Rial e esposa, fizeram com que nos sentíssemos em casa em nosso domingo.
Ao nos despedir, além daquela sensação gostosa de amizade e carinho, ainda levamos uma “marmita” para os próximos dias! Que delícia!

























Uma imagem "histórica" da partida, mais uma fornecida pela amiga Vivi Faure: o Fandango se despedindo do Travessura!


domingo, 11 de julho de 2010

Fotos do dia da partida enviadas pela nossa amiga Viviane Faure!
Obrigado, Vivi !!!





Dia 10/07/2010
Saímos para o Rio de Janeiro às 4:40 hs. O mar calmo e o tempo bom proporcionaram uma bela travessia. Coloquei elásticos na roda de leme, de ambos os lados, para facilitar o timonear, mantendo o leme no centro. Havia muitos barcos de pesca no caminho, em sua faina diária, e o litoral do Rio é sempre uma visão belíssima, com suas praias e ilhas. Chegamos às 14:50 hs, tendo cumprido as 63 milhas que nos separavam do Rio em praticamente 10 horas de navegação. Ótima travessia!
Fomos direto para o RioYacht Club, conhecido mesmo como “Sailing”, por sua vocação na vela. Esse pequeno e aconchegante clube é o que mais tem história na vela brasileira. Berço do clã Schmidt e Grael, é repleto de troféus e mimos de seus campeões, e não só dos Grael!. Cada foto autografada tem sua história, cada troféu ou barco guardado mostra porquê são campeões. Entre eles, lá está o veleiro Star, com que Torben e Marcelo Ferreira ganharam as olimpíadas de Atenas. Não preciso dizer que o Jonas “babou”! Aliás, não foi só com esse barco, mas com toda a flotilha de lindíssimos e campeoníssimos veleiros do clube.
Após um banho reconfortante, encontramos os amigos Morcegão e esposa, Oscar, Lulu, Armando, Luis e o impagável Ricardinho! Não esperávamos encontrá-los tão cedo e foi muito bom! Chegavam de uma regata com as medalhas de campeões. Fomos para o bar do clube e lá ficamos bebendo cervejas, petiscando, escutando histórias engraçadíssimas de suas “peripécias”. Entre elas, a hilária história do “Ricardinho e o badalo”, que conto como me passaram.
Ricadinho e tripulação chegaram todos contentes da regata Santos-Rio, quando pegaram segundo lugar com o Fandango. Encostaram no clube ao lado, o Iate Clube Brasileiro, e Ricardinho teve que pular o muro com o troféu, tomando muito cuidado para não quebrá-lo. Foram todos para o bar, como sempre, e Ricardinho depositou o troféu cuidadosamente no banco, todo feliz. No bar há um sino, que deve ser tocado toda vez que alguém quiser pagar uma rodada de cerveja para todos que estão no bar. Ricardinho foi todo contente tocá-lo e o fez com muita “vontade”. O resultado é que o badalo se soltou do sino, soltou da sua mão e foi bater justo onde?!!! Sim, no troféu transportado com tanto cuidado, partindo-o em dezenas de pedacinhos!!! Revoltado, Ricardinho pegou o badalo do sino e o arremessou pela janela. Resultado: foi direto para dentro da água! O badalo velho não foi mais encontrado e isso causou uma revolução no clube: afinal, como pedir cervejas para todos sem o sino, agora?! Todos cobravam o badalo do Ricardinho! Quem o salvou, pois o sino faz parte da história e cultura do clube, foi o Morcegão, que trabalha com isso e fez um badalo novo, badalo que hoje chamou a rodada de cerveja para comemorar o primeiro lugar do Picareta na raia e nossa chegada ao clube. E lá, exibido na prateleira, continua o troféu em pedaços.






Dia 09/07/2010
Logo de manhã, após depois de trabalhar um pouco na internet, uma escuna que estava parada ao lado chegou bem perto de nós, enquanto girávamos. Saí e fiquei olhando para não batermos. Da escuna, um rapaz me perguntou se era eu que viajava com os filhos. Ele se apresentou como Martin, primo do Guido, que conhecemos na primeira viagem. Relembramos o engraçado caso do “fogo” no barco do Guido, que aconteceu em 2006, e demos muitas risadas. Mais uma coincidência!
Resolvemos ancorar em uma prainha muito bonita e com uma bica de água doce ao lado da Vila Abraão. Muitos veleiros estavam na mesma praia, vários argentinos. É impressionante como eles aproveitam melhor o mar do Brasil do que nós mesmos, os brasileiros. Abastecemos de água, lavamos as defensas, curtimos um ótimo banho de mar, o Jonas remou um pouco e ainda deu para dormir um pouco à tarde. No começo da noite fomos comer doces e salgados no “Arraial do Abraão”, festa junina da cidade, ou deveríamos chamar de festa “julina”?!