De 11/08/2011 – Lisboa – Vale Grande
Acordamos bem cedo e seguimos para Alcobaça, para conhecer seu maravilhoso mosteiro, cuja construção se iniciou no ano de 1.178. Ele é outra das construções impressionantes de Portugal, imenso e belíssimo (vejam as fotos, que não conseguem nunca registrar a beleza destes locais). Lá estão os túmulos de D. Pedro e de Dna. Inês, coroada rainha póstuma, cuja história eu já contei no dia 06/08/2011. A frase “agora Inês é morta”, ainda muito usada hoje, veio dessa história de amor.
Quando passeávamos no local, começamos a escutar uma música antiga maravilhosa, feita com piano e voz, vindo de uma das salas do antigo mosteiro. Ela dava uma magia especial ao lugar e procuramos ver de onde vinha. A grande surpresa foi ver que era ao vivo e feita sem amplificadores! Sentamos num banco numa sala e ficamos escutando admirados o cantor Luís Peças (acessem na internet http://www.youtube.com/watch?v=q3dO_9h6eeI&feature=related e vejam um filme que achei dele na internet). Saí para pegar dinheiro para comprar um CD dele e, quando voltei, o Jonas e a Carol estavam batendo um papo com ele e já haviam sido presenteados com o CD do Luis. Conversamos um pouco e ele disse que estará no final do ano no Brasil, em Fortaleza. Amigos de Fortaleza, não percam esse show. Ele canta demais!!! (mas com certeza não será o mesmo que escutá-lo em Alcobaça!).
Fomos para o Vale Grande e chegamos para o almoço, onde comemos o “bacalhau à moda da Arlete” no almoço (delicioso!). Fui tomar o café na casa do Fernando, na sua antiga adega transformada em sala de refeições.
Às 16:30 hs, pois o sol estava um pouco mais baixo e o calor já havia diminuído um pouco, todos fomos colher batatas. Essa é uma das coisas que lembro quando pequeno e queria que meus filhos experimentassem como é. Havia cerca de 20 pessoas para isso, todos vizinhos e amigos do Antonio e da Arlete. Não era trabalho, mas uma verdadeira festa! Antonio e Fernando manobravam o trator, que abria a terra e deixava as batatas expostas. As outras pessoas pegavam as batatas, escolhiam, separavam por tipo e tamanho e as ensacavam. Após umas três horas de trabalho duro, colhemos duas toneladas de batatas! Foi muito divertido para todos e até a Mimi trabalhava, dando água de beber para as pessoas que estavam trabalhando. Uma vez colhidas, transportamos todos os sacos de batatas (mais de 60 sacos!) para o porão do Antonio, onde ficarão armazenados durante o ano, para o consumo da família.
Sempre que acontece um evento desse tipo, na colheita de batatas ou vindima, o dono da casa oferece um jantar para os que trabalharam. Nos lavamos (vejam como ficamos na foto!) e fomos comer chanfana e galos assados, que o Antonio preparou (deliciosos!). Todos conversamos muito durante o jantar, animados e contentes. Perto de mim sentaram um casal de irmãos, com quem conversei bastante. Me surpreendi quando soube a idade deles: o senhor tinha 80 anos. Sua irmã, com mais idade, tinha 85 anos! Muito simpáticos, não aparentavam nada da idade que tinham e foram dos que mais colheram batatas!

Acima e várias abaixo: o maravilhoso Mosteiro de Alcobaça.

Carol e o túmulo de Dna. Inês, a rainha póstuma.







O cantor Luis Peças fazendo uma fantástica apresentação em Alcobaça.





Prontos para colher batatas! Olha o modelo da Carol para isso!!!

Antonio dirigindo o trator.

Duas toneladas de batatas colhidas!

O primo Fernando.

As meninas servindo água e o Jonas ajudando a por as sacas de mais de 30 quilos na carreta.




Arlete, Jonas e a senhorinha de 85 anos!

O jantar estava uma maravilha. Agora respeitamos muito mais as batatas ao comê-las!!!