De 03/06/2011 – Ilha de Faial
Acordamos cedo para fazer diários e postá-los na internet. Tomamos um ótimo café da manhã e nos preparamos, pois a Bia passaria para nos pegar para passear. Logo ela chegou e nos levou a um lindo mirante, com a estátua de uma santa e com uma luneta potente, que nos permitia ver todo o porto, parte da área rural e o morro do Pico, na ilha em frente.
Demos uma paradinha em sua casa, pois ela nos ofereceu a sua máquina de lavar para economizarmos dinheiro para passear! Ela é de uma gentileza enorme!
Saímos novamente e fomos pela estrada que circunda a ilha, vendo lindos lugares, que impressionam demais pela beleza. Ela foi nos falando da vida na ilha e de alguns problemas que a ilha teve com vulcões. Em 1998 um abalo sísmico violento destruiu uma vila, que hoje está reconstruída com dinheiro fornecido pelo governo, para as pessoas poderem refazer suas casas. Vimos o resultado do abalo em um farol, que não foi reconstruído ainda. Suas paredes muito grossas estão todas tricadas!
Continuamos passeando e a parada que mais impressionou e onde gastamos mais tempo foi no farol de Castelinhos, onde houve o nascimento de um vulcão em 1957. Esse vulcão ficou ativo por mais de um ano, soterrou parte do farol e criou uma montanha. Suas cinzas aumentaram a área da ilha em dois quilômetros quadrados e ainda soterraram uma vila que existia no local. É uma visão impressionante, principalmente quando se compara o que existia antes, o grande farol numa ponta de terra, e como ele ficou minúsculo quando comparado à terra que surgiu. Seu museu é muito bonito e usa recursos de alta tecnologia para mostrar às pessoas o que aconteceu naquela erupção e ensinar muito sobre vulcões. Vejam mais em http://www.vulcaodoscapelinhos.org .
Há muitas coisas interessantes no museu, onde também há uma lojinha. Alguém teve a ideia de fazer poesia em pedras e vendê-las. Achei um versinho muito interessante e que retrata bem a relação das pessoas da ilha com o perigo dos vulcões no local:

“Este mar que nos rodeia
Atormenta o coração
Dorme calmo sobre a areia
E acorda num vulcão...”

De lá, onde ficamos bastante tempo e ainda visitamos o farol, fomos almoçar, pois todos estavam com muita fome! Passamos num restaurante e pedimos um pratos misto, com morcela, linguiças a vinha d'álho e costeleta de porco, acompanhando inhame e batatas doces. Estava excelente e eu, que não gostava de morcela (ao menos a que havia comido anos atrás), mudei minha opinião. A Carol e o Jonas também adoraram.
Continuamos a passear e vimos muitos outros lugares, só não conseguimos ver a caldeira, ponto mais alto da ilha e antiga cratera de um vulcão, pois estava com nuvens, mas isso fica para outro dia.
Voltamos para Horta, nos despedimos e agradecemos a gentileza da Bia, marcando de nos encontrar em breve e fomos comprar as tintas para pintarmos o desenho do Travessura, pois não achamos todas as tintas que precisávamos ontem. Ainda passeei com a Carol a procura de um fogão e também fomos comprar roupas para ela.
Voltamos ao barco, onde tomamos banho e fomos para a quermesse que acontece numa igreja aqui perto, com Dorival e Catarina. Muitas coisas gostosas estavam sendo vendidas e uma orquestra para as pessoas que estavam por lá. Não havia muita gente, pois parece que o melhor dia é amanhã. Pretendemos voltar amanhã também. Ainda visitamos a igreja e achei muito interessante que as figuras do Cristo e de santos que há na igreja, estão sempre numa paisagem da ilha. Escutamos também o ensaio do ótimo coral da ilha, que irá cantar nas missas das festas. Deu saudades dos nossos amigos do coral de Ilhabela!

Resposta da Curiosidade de ontem: Açougueiros são chamados açougueiros mesmo! (rsrsrs!!!)

Acima e abaixo: lindas vistas de Faial.

Nossa amiga Bia!

Farol destruído!

Acima e abaixo: Capelinhos!

Aprendendo sobre vulcões.

Vistas do que o vulcão criou.

Mais vistas de Faial: que lugar lindo!!!





Interior da Igreja de Nossa Senhora da Angústias.