Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

domingo, 26 de junho de 2011

De 24/06/2011 – Ilha Terceira
Após nosso pequeno almoço (café da manhã, lembram?!), saímos rapidamente para assistir uma corrida de touros na rua. Seguimos pelas belas ruas de Angra do Heroísmo e, logo, vimos caminhões atravessados na rua, fechando-a. É assim que limitam algumas quadras da cidade onde os touros são soltos. Procuramos um caminhão com boa vista e pouca gente e subimos na caçamba. Uma filarmônica tocava as belas músicas de touradas no meio da praça onde iriam ser soltos os touros e os aplausos eram muitos. Quando a filarmônica encerrou, o alvoroço cresceu e a praça começou a ficar com menos gente. De repente, espoca um primeiro foguete. É assim que avisam quem está na praça que os touros estão soltos. Mais cinco foguetes se seguiram, significando que seis touros estavam soltos e a corrida de touros estava iniciada. Algumas pessoas continuavam na praça e, pouco depois, começaram a correr. Na sequência, um touro apareceu e, atrás deles mais alguns. Ficamos vendo as pessoas das ruas correndo, algumas provocando os touros e a torcida nos caminhões e nas árvores fazendo muito barulho e agitando coisas, para chamar a atenção dos animais. Tudo era muito diferente para nós e divertido.
Ficamos lá quase uma hora e meia, vendo os touros subirem para outro lado, voltarem e as pessoas correrem por eles, usando às vezes um simples guarda-chuva. Com o passar do tempo, começamos a ver os touros cansados e alguns se machucando no calçamento de pedras, pois escorregavam muito. Aí começamos a ficar com pena dos bichos. Quando o cansaço era muito grande, recolheram os touros e espocaram mais seis foguetes, avisando que a corrida estava encerrada. Vale dizer que aqui não matam os touros, que voltam aos pastos após a corrida.
Há outra corrida de touros mais popular, onde os touros vão com cordas compridas atadas ao pescoço, que são mais populares. Normalmente o piso é outro, de terra ou a areia da praia, e aí o touro tem mais tração e leva vantagem. Vamos tentar ver esse tipo de corrida antes de irmos embora.
Almoçamos numa tasca com comidas típicas e, após andarmos um pouco mais pela cidade, descansamos no barco. O Jonas foi procurar um veleiro para correr, pois amanhã haverá uma regata famosa aqui: o “8 aos Ilhéus”. Deu muita sorte: disseram que um velejador que tem um “pequeno veleiro” e corria normalmente em solitário, estava procurando um tripulante para ajudar. Lá foi o Jonas conversar com ele e conheceu o Antonio. Seu “pequeno veleiro” é, simplesmente, um mini-transat, barco de 6,5 metros, veloz e muito forte, projetado para regatas em solitário de travessia do Atlântico. Há anos o Jonas está tentando velejar num barco desses e, pelo jeito, vai calhar de acontecer justo aqui, na Terceira! Um dos sonhos do Jonas é participar de uma mini-transat, como é chamada a regata de travessia do Atlântico, que acaba em Salvador. Que sorte dele!!!
À noite, fomos ver o finalzinho do desfile das crianças, que é bonito como o dos adultos, e seguimos para uma casa de fados no Alto das Covas. Não foi fácil conseguir lugares, mas valeu a pena: os três músicos e cinco cantores, que eram uma família, eram excelentes e o Jonas e a Carol gostaram muito. Além disso, a comida do local era muito boa e bem feita.
Voltamos ao barco com os fados ainda na cabeça e, apesar do horário, mais de uma e meia da manhã, as ruas estavam cheias de gente, voltando dos shows que aconteceram nessa noite. Chegando ao barco ainda fui acessar a internet e tive o prazer ver e escutar um clipe da “Canção do Mar”, que a amiga Karla postou no Facebook. A cultura portuguesa começa a ser melhor compreendida, conhecendo antigos pescadores de baleia, muitos pescadores atuais, histórias de seu mar bravio e escutando alguns de seus fados, que revelam a vida de seu povo.
Vou mostrar aos “adolas” amanhã, pois eles foram diretamente para a cama, cansados!!!

Curiosidade: pequenos restaurantes, normalmente familiares, são chamados “tascas” em Portugal.


Acima e várias abaixo: Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.








Acima e várias abaixo: corrida de touros.

















Acima e várias abaixo: Angra do Heroísmo e vista para a marina.



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