Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

sábado, 11 de junho de 2011

De 10/06/2011 – Ilha de Faial
Acordamos tarde, pois todos estavam cansados. Quando os “adolas” se preparavam para buscar os pães para nosso café da manhã, a Bia chegou para nos ver e para marcarmos um almoço. Foi a hora exata, pois assim tomamos um café da manhã bem leve. Pouco tempo depois ela passava com sua “carrinha” e nos pegava para almoçarmos com ela e a Carol, sua filha, no restaurante Árvore. Imagine um restaurante self-service com excelente comida típica portuguesa, daqueles que você quer experimentar tudo. É o Árvore! Comemos demais, pois não podíamos deixar de provar nada! Ele é um restaurante totalmente familiar, onde o próprio dono cozinha e as filhas trabalham servindo e cobrando no caixa. O que achei ainda mais legal é que são comidas típicas que não vemos no Brasil, como uma carne de porco à moda do Faial, que estava fantástica. As sobremesas são feitas pela esposa do dono e também são tradicionais e divinas!
Após o farto (e bota farto nisso!) almoço, tentamos ir à caldeira, mas o tempo fechado acima de certa altura não nos deixou ver nada. Mas deu para perceber que não podemos ir embora sem vê-la!
Passamos em alguns mirantes mais baixos que estavam abertos, entre eles o mirante dos Carneiros, muito bonito, e depois fomos à casa da Bia, Carol e Genuíno Madruga.
Aproveitamos o convite e colocamos nossas roupas para lavar. Enquanto a máquina de lavar roupas trabalhava, fomos fazer algo que me recorda a infância e que há quase 40 anos eu não fazia: descascar favas! Podemos definir a fava como uma ervilha grande, ou melhor, um feijão verde grande. No Brasil não se usa comer, mas as favas fazem parte da ótima culinária portuguesa. Lembro que, quando eu era pequeno, íamos até a casa de uns conhecidos em São Roque só para pegar favas. Ainda fazem parte de minha memória a Dona Carminda, amiga nossa, no meio das favas a colhê-las. Voltando para casa, eu adorava ajudar minha avó a descascá-las. Nós nos divertimos, eu, Jonas e as duas Carolinas, com essa atividade que os “adolas” nunca haviam feito.
Enquanto descascávamos as favas, a Bia fazia duas tortas de maçã enormes! Uma para o Genuíno,que adora. Outra para levarmos para o barco! Ai, Jesus, como se come nesta terra!!! (Rsrsrs!).
Tarefas realizadas, fomos tomar um chá em um lugar muito interessante e voltamos ao barco, para ver se tudo estava bem, pois o vento ficou bem mais forte. A nossa Carol arrumou uma mochila com as suas coisas, pois foi convidada para dormir na casa da Bia com a outra Carol.
Quando elas estavam saindo com o carro, o Dorival, que estava no píer em frente nos chamou e pediu ajuda. Ele veio correndo e explicou que um barco havia acabado de atracar e uma senhora estava com um problema nas costas, precisando de socorro. A Bia pegou o celular e chamou os bombeiros, que fazem o serviço de socorro por aqui, como os nossos paramédicos no Brasil. Caminhei 100 metros em direção ao barco e comecei a escutar o barulho da ambulância. Incrível, a ambulância demorou apenas uns três minutos para chegar na marina, depois que foi chamada! Entraram no barco e removeram a senhora com uma maca. Como funcionam bem os serviços públicos essenciais por aqui!
Levamos um pedaço da torta de maçã para o Dorival e a Catarina e eles nos disseram que desistiram de fazer regime aqui. Ainda bem! À noite, acessei a internet e vi uma mensagem da Bia, dizendo que a Carol estava se esbaldando num relaxante banho quente de banheira! Felizarda! Esse é um luxo que velejadores normalmente não têm. Tomamos nosso banho, normalmente, com uns dois ou três litros de água aquecida no fogão.
O vento continuou forte e balançando muito o barco, mas não atrapalhou o nosso sono!

Curiosidade: “Carrinhas” é como são chamadas as caminhonetes aqui.


Acima e abaixo: mirante do monte Carneiro. Vejam o monte da Guia, onde fomos ontem, bem pequeno lá embaixo!



Acima e abaixo: outros mirantes.




Descascando favas!

Um comentário:

  1. Eu não gosto de favas, mas a verdade é que a maioria dos portugueses gosta e há sempre alguem que é "especialista" na sua confecção. Nunca fui aos açores,aterrei uma vez na Terceira. Não percam o leite dai que é melhor do que em qualquer lado, penso até que tem uma certificação própria e o queijo da ilha, tentem o mais picante.

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