Três no Mundo

Três no Mundo
Sérgio, Jonas e Carol rumo ao Caribe e Europa

sexta-feira, 3 de junho de 2011

De 30/05/2011 – Ilha de Flores
A ilha de Flores é muito bonita para se ficar parado no porto. Portanto, alugamos um carro com a simpática Paula e seu marido Ermelindo, que fazem serviços de apoio aos velejadores que chegam a Flores e saímos para passear. Antes, demos um até breve e desejamos boa travessia ao Luthier, que segue para Faial pois o tempo está para mudar por aqui. Nós pretendemos ir amanhã.
Saímos com o carro subindo a costa leste da ilha para o norte. Paramos muito em seus vários “miradouros”, como chamam os mirantes por aqui. Foi demorado, pois cada curva da estrada apresentava uma paisagem de tirar o fôlego, que queríamos sempre aproveitar. Passamos em várias vilas e todas eram muito bem cuidadas e limpas. Vimos muitos funcionários limpando as ruas, cuidando de canteiros e aplicando venenos para não crescer mato em calçadas com vão de terra.
A estrada que seguíamos atingiu mais de oitocentos metros de altura em alguns pontos. Imaginem, amigos da ilha, se uma estrada em Ilhabela passasse pelo pico do Baepi, que vista não teria! É isso que existe aqui.
Uma excelente parada foi o Farol da Ponta Delgada, no extremo norte de Flores. A paisagem é belíssima, o farol muito bem cuidado e Silva, o faroleiro, é muito atencioso e nos contou algumas histórias do lugar.
De lá, pegamos uma outra estrada para voltar, que passa pelo meio da ilha. Passávamos junto às nuvens e, de repente, a estrada começou a descer para o que era (víamos claramente!) a cratera de um antigo vulcão. Essa estrada bem cuidada, mas que é de terra em alguns pontos, apresenta paisagens belíssimas e muito diferentes ao longo dela. Aqui aparecia uma cachoeira, ali aparecia uma caldeira (cratera de vulcão cheia de água), a vegetação mudava muito e, de repente, apareciam mirantes para precipícios com mais de 400 metros de altura! Tudo de admirar!!!
Recomendo alugar um carro por dois dias, pois um dia é muito pouco para se ver tudo. A ilha não é grande, mas existe muito para se ver. Ainda bem que o sr. José nos levou ontem, pois assim economizamos um dia de carro e aproveitamos a excelente companhia dele. Obrigado, novamente! Fiquei admirado também com a sinalização dos pontos turísticos, que eram fáceis de se encontrar.
Fomos novamente às caldeiras, pois ontem a bateria de nossa máquina fotográfica acabou no meio do passeio (há muito o que fotografar aqui!) e curtimos muito a tranquilidade do lugar. Duro vai ser escolher as melhores fotos para colocar no blog, pois dá vontade de colocar todas!
Voltamos ao porto e fizemos outra coisa que não poderíamos deixar de fazer: comer no restaurante Beira Mar, tão recomendado pelo Ronny e Enock do Luar. Ele não decepcionou e comemos chuletas de porco e bifes de vitela. Elogiamos muito a comida e ela é farta: dois pratos deram muito bem para nós três, que estávamos com muita fome, comermos. Lá também conhecemos o Jorge, um cliente do Beira Mar, com o qual começamos a conversar sobre o Brasil. Logo descobrímos conhecidos em comum: o Marco e a Margarida, do Sadal Sud, que conhecemos em 2006. Nesse ano, Marco ajudou a transportar um Dolphin 46 para os EUA e o comandante era justamente o Jorge! Como o mundo é pequeno!!! Jorge nos falou que está aposentado e escolheu Flores para morar, pois a ilha o impressionou demais (e olha que ele conhece boa parte do mundo!). Disse-nos, também, que o Marco e a Margarida estão muito bem, continuam morando embarcados, agora num barco maior e pararam na Nova Caledônia para trabalhar um pouco.
No final do dia, o sr. José veio encontrar conosco e fomos para o Beira Mar tomar algo. Logo ele puxou sua viola portuguesa, pediu licença às pessoas das mesas para “fazer um barulho” e começou a tocar e cantar fados e cantigas portuguesas. Ao final de cada música, aplausos vinham de todas as mesas, que se encantavam com a música como nós. Foi uma noite mágica para mim!
Quando pedimos a conta e íamos embora, a Helena e seu marido, donos do restaurante e respectivos cozinheira e garçon (os próprios donos fazem tudo nos comércios por aqui!), nos ofertaram dois presentes: um lampião de led's para o Travessura, que será muito útil para reuniões no cockpit, e um relógio de peixinho para a Carol, que ela já colocou em sua cabine no barco. Como o povo aqui é hospitaleiro!

Vou começar a colocar todo dia algumas palavras diferentes das que usamos no Brasil, com as quais nos divertimos muito e sempre com a visão de um brasileiro. Isso pode ajudar outros brasileiros que venham passear em Portugal, terra que todos deviam conhecer. Espero que gostem!!!
Curiosidade: A Kibon, que vende sorvetes no Brasil, aqui se chama “Olá”.


Acima e abaixo: lindas paisagens de Flores.

















Vegetação muito diferente para nós.


Cratera do vulcão na qual andamos na borda.







Cachoeira caindo e formando um lago!




Quadrinho falando dos Açorianos. Ampliem clicando na imagem e vejam que texto interessante.

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